Pix monitorado: uma a cada 238 transferências pessoais supera R$ 5 mil
14 de jan.
Dados do Banco Central revelam que, em 2024, uma a cada 238 transferências realizadas por pessoas físicas via Pix superou o valor de R$ 5 mil, o equivalente a 0,42% do total de operações. Para empresas, uma a cada 91 transações ultrapassou R$ 15 mil, correspondendo a 1,09% do total. Essas movimentações estão agora sujeitas à fiscalização da Receita Federal, segundo novas regras que entraram em vigor neste ano.
Além das transferências individuais acima dos limites estipulados, a Receita também monitora valores acumulados ao longo do mês. Por exemplo, cinco transferências de R$ 1.000 ou dez de R$ 500 realizadas por uma pessoa física podem ser reportadas. O mesmo se aplica a movimentações de empresas que somem R$ 15 mil ou mais.
O monitoramento faz parte de um esforço maior do governo para aumentar a transparência nas transações financeiras e combater possíveis irregularidades, como a evasão fiscal. Segundo a Receita Federal, todas as transações realizadas, independentemente do meio de pagamento, são consolidadas em um relatório mensal com totais movimentados a crédito e débito nas contas.
Embora o governo defenda a medida como necessária para melhorar a arrecadação e prevenir fraudes, críticos apontam que o monitoramento pode gerar preocupações sobre privacidade e burocratização. A adesão em massa ao Pix, com bilhões de transferências realizadas anualmente, reforça a importância de um equilíbrio entre controle e respeito aos direitos dos usuários.
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