Plano de golpe com “kid preto” prevê prisão do STF e nova eleição
30 de nov. de 2024
Reprodução
A Polícia Federal (PF) encontrou com o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, preso por suspeita de participar da tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022, um pen drive contendo uma planilha que detalha o plano de ruptura institucional no país. Identificado como “Operação Luneta”, o documento – apreendido com o militar em fevereiro deste ano – tem mais de 200 linhas e aborda fatores estratégicos de planejamento para o golpe, segundo a PF. A investigação também aponta Hélio Ferreira Lima, integrante dos “kids pretos”, como autor da planilha.
“Foi encontrado um documento denominado Desenho Op Luneta.xlsx que detalha pormenorizadamente um plano de operação cuja missão seria ‘reestabelecer a lei e a ordem por meio da retomada da legalidade e da segurança jurídica e da estabilidade institucional’ e que visaria impedir um cenário de ameaça a qual em suposta defesa da democracia, (objetivaria) controlar os 3 poderes do país e impor condições favoráveis para apropriação da máquina pública em favor de ideologias de esquerda ou projetos escusos de poder”, afirma a PF. Além disso, é mencionada repetidamente a necessidade de neutralização da capacidade de atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), com destaque para o ministro Alexandre de Moraes. Entre destaques localizados no arquivo está a previsão de “realizar a prisão preventiva dos juízes supremos considerados geradores de instabilidade”.
Mandados de prisão e nova eleição.
O documento é dividido em três linhas de operação, denominadas respectivamente “Eleições Limpas”, “Legalidade” e “Informacional”, cada qual com subsdivisões, que previam desde a prisão de “envolvidos em indícios de irregularidades no processo eleitoral” a nova eleição.
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