Polícia apura morte de turista atropelada por ônibus em faixa de pedestres no Rio
20 de dez. de 2024
Reprodução
Priscila Marques Monteiro, de 27 anos, faleceu na terça-feira (17) após passar vários dias internada em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio de Janeiro, devido a um atropelamento ocorrido no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade.
Ela morava em Salvador e estava visitando o Rio pela segunda vez. O acidente aconteceu em 7 de dezembro, na Rua do Russel.
De acordo com testemunhos recolhidos pela família, Priscila estava atravessando a faixa de pedestres com sua bicicleta quando foi atingida por um ônibus da linha 472 (Triagem-Leme), que teria desrespeitado o sinal vermelho.
Segundo Gabriel Nascimento, amigo de Priscila, o impacto foi tão forte que ela quebrou o para-brisa do ônibus com a cabeça e sofreu uma fratura exposta no calcanhar.
A jovem foi socorrida pelos bombeiros e levada para o Hospital Municipal Miguel Couto, onde a gravidade de suas lesões cranianas foi confirmada.
Após uma cirurgia de emergência, Priscila permaneceu em estado crítico por 10 dias, até ter a morte encefálica confirmada em 17 de dezembro.
A família, em busca de justiça, decidiu contratar um advogado após o motorista do ônibus comparecer à delegacia e registrar sua versão dos fatos.
Gabriel Nascimento revelou que o motorista foi liberado após o depoimento, e que não houve perícia no ônibus nem na bicicleta de Priscila, o que gerou preocupação nos familiares.
A Polícia Civil informou que as investigações estão em andamento na 9ª DP (Catete) para esclarecer os detalhes do caso, mas não confirmou se realizou a perícia nos envolvidos.
A RioÔnibus, empresa responsável pelo transporte, emitiu uma nota lamentando o acidente e informou que o caso está sendo tratado pelo seu Departamento Jurídico.
No entanto, a companhia não explicou por que o motorista não foi afastado após o incidente. A Secretaria Municipal de Transportes declarou que já solicitou esclarecimentos ao consórcio responsável e pediu medidas para evitar que ocorram situações semelhantes no futuro.
Em meio a essa busca por respostas, Gabriel afirmou que a família não recebeu apoio das autoridades nem da empresa até o momento. Após a liberação do corpo, a família de Priscila está retornando à Paraíba para o translado. De acordo com os familiares e amigos, nenhum representante da empresa responsável pela linha 472 entrou em contato com eles.
Comments