Polícia Civil de Minas Gerais apresenta balanço das apurações sobre acidente na BR-116, em Teófilo Otoni
gazetadevarginhasi
27 de dez. de 2024
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Reprodução
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou, nesta quinta-feira (26/12), em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, um relatório sobre as investigações do acidente ocorrido na BR-116, na madrugada do último sábado (21/12).
Uma equipe de peritos criminais, especializada em acidentes de trânsito, esteve na região para realizar levantamentos utilizando um scanner 3D, equipamento que coleta imagens e cria modelos de simulação.
O delegado Amaury Tomaz Tenório de Albuquerque, chefe do 15º Departamento de Polícia Civil de Teófilo Otoni, informou que, no dia do acidente, foram tomadas providências imediatas, como a perícia no local, exames periciais e coleta de vestígios importantes para o andamento da investigação.
Na mesma data, os corpos das vítimas foram removidos. Aqueles com maior grau de carbonização foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) em Belo Horizonte, enquanto os demais passaram por necropsia em Teófilo Otoni. No total, 41 corpos chegaram ao IML na capital mineira.
“Estamos agora focados em determinar a dinâmica e as circunstâncias desse acidente trágico, para que possamos apresentar ao Ministério Público os elementos necessários para responsabilizar os envolvidos”, afirmou o delegado.
Identificação das Vítimas
O perito criminal Felipe Dapieve, da Superintendência de Polícia Técnico-Científica da PCMG, informou que até o momento 16 corpos foram identificados. Desses, 14 já foram retirados pelos familiares no IML, sendo 13 por papiloscopia (exame de digitais) e três por odontologia legal (análise da arcada dentária).
Devido à forte carbonização das vítimas, muitos corpos não puderam ser identificados pelos métodos tradicionais. “Coletamos material genético dos familiares das vítimas ainda não identificadas, e o DNA será comparado com as amostras do Instituto de Criminalística em Belo Horizonte”, explicou.
O perito também esclareceu que os parentes não precisam ir até Minas Gerais para fornecer o material biológico. A coleta pode ser feita pela Polícia Civil no estado de origem dos familiares, e o confronto será realizado por meio do Banco Nacional de Perfis Genéticos.
A liberação dos corpos no IML de Belo Horizonte não exige a presença dos parentes, bastando uma procuração para a retirada.
Investigações
Em coletiva de imprensa, o delegado Amaury Tomaz reiterou o compromisso da Polícia Civil em esclarecer todos os aspectos do acidente, destacando que ainda não foram descartadas quaisquer linhas de investigação.
“Ao longo da investigação, ouvimos os motoristas envolvidos, aguardamos os resultados da análise dos vestígios, incluindo imagens de câmeras de segurança da rodovia – que serão aprimoradas pelo Instituto de Criminalística –, exames toxicológicos e dados do tacógrafo. Também estamos refazendo o trajeto dos veículos”, detalhou o delegado.
“Queremos entender precisamente quando cada motorista parou, por quanto tempo, as condições dos veículos, pneus e da carga do caminhão, além de combinar as provas testemunhais e técnicas de maneira minuciosa”, concluiu.
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