Polícia Civil desarticula grupo que aplicava golpes virtuais em mineiros

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PCMG desarticula quadrilha interestadual de golpes virtuais e lavagem de dinheiro.

Uma quadrilha interestadual investigada por fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro foi alvo de operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), realizada ontem (29/4) em Goiás e Tocantins, com apoio das polícias civis locais. Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão: 16 em Goiânia (GO), um em Morrinhos (GO) e outro em Paraíso do Tocantins (TO).

As investigações, conduzidas pela PCMG com base em dados do Sistema Estadual de Inteligência e Segurança Pública (Seisp/MG), apontam que o grupo aplicava golpes com ligações falsas, perfis clonados e anúncios fraudulentos. As vítimas estão espalhadas por diversas regiões de Minas Gerais.

Durante a operação, a polícia apreendeu dezenas de celulares, mais de cem chips telefônicos e outros materiais utilizados nos crimes. Em uma residência, um investigado foi preso em flagrante por tráfico de drogas.

Cerca de cem contas bancárias ligadas à quadrilha foram bloqueadas por ordem judicial. De acordo com o Coaf, a movimentação financeira pode ter ultrapassado R$ 1 milhão.

O delegado Thiago Machado afirmou que a operação é uma resposta direta aos crimes. “Essa organização agia de outros estados, mas as vítimas estavam em Minas. A investigação mostrou que a distância não impede a ação policial”, disse.

Segundo ele, os 67 boletins registrados nas polícias Civil e Militar foram cruciais, junto ao uso de inteligência artificial no cruzamento de dados.

O coronel Flávio Santiago, da PMMG, reforçou a importância da denúncia: “Se deu dúvida, é golpe! As pessoas precisam comunicar e registrar as ocorrências”. Ele informou que, nos últimos seis meses, cerca de 300 envolvidos com esse tipo de crime foram presos.

As investigações, a cargo da Draco/Deoesp e do Laboratório de Inteligência Cibernética da PCMG, tiveram início com os levantamentos do Seisp/MG.

Murillo Ribeiro de Lima, diretor da Agência Central de Inteligência da Sejusp e presidente do Seisp/MG, destacou o investimento em tecnologia e inteligência. “A operação só foi possível graças à cooperação entre as agências mineiras e ao trabalho investigativo da PCMG”, afirmou.

As apurações continuam para identificar mais integrantes da quadrilha e pedir novas medidas judiciais.

Fonte: PCMG