Polícia do Rio de Janeiro faz operação contra suspeitos de ‘hackear’ agências bancárias
A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza, na manhã de segunda-feira (08), uma operação para prender suspeitos de ‘hackear’ agências do Banco do Brasil.
De acordo com as investigações da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) do Rio, a quadrilha instalava dispositivos em cabos de dados das agências e, por meio desse sistema fraudulento, fazia transferências de correntistas aleatórios.
As investigações também mostraram que funcionários e terceirizados eram aliciados pela associação criminosa para fornecer credenciais de acesso ao sistema. O bando chegava a pagar R$ 100 mil por credencial.
Na ação de hoje são cumpridos seis mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão.
“Ao longo da investigação foram identificados líderes da associação criminosa, responsáveis pelo aliciamento e pagamento de funcionários, por acessar o sistema bancário e realizar operações como troca de biometria e foto e documentos de clientes. Posteriormente, os criminosos aplicam técnicas de engenharia social para realizarem saques e transferências de valores”, afirmou a Polícia Civil.
De acordo com a DRF, a associação criminosa é constituída por diversas células, e vem praticando sistematicamente dezenas de crimes em todo o território nacional, e gerando um prejuízo estimado em R$ 40 milhões.
A Polícia Civil afirmou ainda que o setor de inteligência da instituição financeira vem realizando diversas ações para bloquear a ação dos criminosos e tem colaborado e auxiliado as investigações.
Em nota, o Banco do Brasil afirmou que as investigações começaram a partir de apuração interna que detectou irregularidades que foram comunicadas às autoridades policiais.
“O BB possui processos estabelecidos para monitoramento e apuração de fraudes contra a instituição, adotou todas as providências no seu âmbito de atuação e colabora com as investigações do caso. A conduta de funcionários do Banco envolvidos em irregularidades é analisada sob o aspecto disciplinar em processos que são analisados em sigilo”, completou a instituição.
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