Polícia prende autores de 'golpe do motel' que fingiam ser detetives particulares
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu na segunda-feira (11/11) duas pessoas suspeitas de aplicar o chamado "golpe do motel". A Operação Closer foi criada para reprimir crimes de extorsão e associação criminosa em Porto Alegre, na Região Metropolitana e na Serra Gaúcha. Os mandados de prisão foram cumpridos em São Leopoldo e Novo Hamburgo. Segundo policiais da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, ao menos 20 pessoas foram vítimas de ameaças de criminosos que teriam informações sobre possíveis casos extraconjugais. Nas mensagens, os criminosos demonstravam saber detalhes das rotinas das vítimas e encaminhavam fotos e vídeos delas saindo de um motel nas proximidades de Porto Alegre. Depois disso, a dupla exigia R$ 8.000 para não divulgar o conteúdo do material, especialmente para as famílias dos ameaçados. Para escolher as vítimas do golpe, os criminosos escolhiam o horário da tarde, motéis com estadias de valor alto e proprietários de determinados modelos de veículos. Em monitoramentos na frente dos estabelecimentos, os criminosos faziam registros fotográficos e gravavam vídeos nos momentos da entrada ou da saída. Com essas informações, os suspeitos localizavam os telefones e outras informações sobre as vítimas e começavam as tentativas de extorsão. Os criminosos chegavam a passar por detetives particulares e diziam que haviam sido contratados para descobrir traições. A Polícia Civil orienta as vítimas a não fazerem pagamentos e denunciarem as extorsões. "Os casos devem ser trazidos imediatamente a registro, sendo garantido o sigilo", diz o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana. O delegado afirma que a prática de extorsões provoca tormento psicológico, pois as vítimas temem a exposição de suas vidas privadas. Segundo Reschke, esse tipo de caso é tratado como prioridade pela polícia para que seja rapidamente interrompido.
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