Preço da cesta básica sobe no 1º semestre no Brasil, mas consumo das famílias aumenta
O preço da cesta básica no Brasil aumentou 4,09% no Brasil no primeiro semestre de 2024.
Pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostrou que em janeiro o custo era de R$ 745,39 e fechou junho valendo R$ 752,11. Apesar do aumento, a Abras atesta que o consumo das famílias aumentou 2,29% no período.
Ao longo dos seis meses, a Abras observou alta de 22,85% no preço do leite, 12,14% para o café e 11,24% no arroz. Vilã em outros períodos, a carne bovina foi um dos itens da cesta que teve cifras em baixa entre janeiro e junho. A queda no geral foi de 4,3%, enquanto o preço do ovo subiu 4,22% e do frango congelado 2,01%.
Nos produtos hortifrutigranjeiros, de janeiro a junho, as principais altas foram batata com 55,79%, cebola de 33,85% e tomate somando 28,59%. No Sudeste, os preços da cesta básica passaram de R$ 753,19 para R$ 766,94, no Centro-Oeste de R$ 701,02 para R$ 710,14. A região Sul tem a cesta mais cara do Brasil e os preços passaram de R$ 839,60 para R$ 848,07. Em seguida, está a cesta da região Norte onde os preços saíram de R$ 820,23 para R$ 827,88. Nordeste mantém a cesta mais barata dentre as regiões com preços passando de R$ 681,84 para R$ 685,03.
“Encerramos o primeiro semestre com resultado positivo e em patamar próximo da estimativa do setor para o ano, de 2,50%. A empregabilidade no setor formal, o aumento real da renda, a antecipação de recursos e outros montantes injetados na economia no período mantiveram o consumo em trajetória semelhante à registrada no ano anterior quando houve dois reajustes do salário-mínimo no primeiro semestre, assim como a retomada do pagamentos dos precatórios e a consolidação dos programas de transferência de renda do overno Federal que sustentaram o consumo em domicílio ao longo do ano”, analisa o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.
Conforme a Associação, os principais recursos que movimentaram o consumo no período foram a antecipação do pagamento de R$ 30,1 bilhões em precatórios liberados em fevereiro pelo governo federal e do 13º salário para 3,6 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários dos auxílios do INSS.
“Outros recursos vieram do programa Pé-de-Meia do Governo Federal que deve injetar R$ 6 bi no mercado ao longo do ano, dos repasses estimados de cerca de R$ 14 bilhões mensais do Bolsa Família, do pagamento do PIS-Pasep com montante de R$ 28 bilhões para 25 milhões de trabalhadores (fevereiro a agosto), do pagamento bimestral (fevereiro, abril, junho) do Auxílio-Gás estimado de R$ 592 milhões cada parcela, do pagamento R$ 18 bilhões de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física - IRPF 2024 (31/05 e 28/06)”, complementou a Abras.
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