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Preço do café sobe 152% e não deve diminuir: a responsabilidade é do governo? Confira o que sabemos.

  • gazetadevarginhasi
  • 5 de fev.
  • 2 min de leitura
Reprodução
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O aumento no preço do café tem se tornado um desafio para os brasileiros nos últimos meses, com o quilo alcançando valores próximos ou até superiores a R$ 50, dependendo da marca. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP, a saca de café de 60kg paga aos produtores subiu 152% no último ano.

Em fevereiro de 2024, o valor da cotação do café arábica era de R$ 1.014,93, mas subiu para R$ 2.565,86 neste mês, conforme os dados do Cepea. Embora o aumento tenha sido considerável no ano passado, o mercado prevê novas altas, com uma estabilização do preço em um patamar elevado.

Contrariando algumas informações que circulam em redes sociais, o governo federal não é responsável pelo encarecimento do café e não tem poder para reduzir os preços pagos pelos consumidores. A alta nos preços está relacionada principalmente a períodos de estiagem prolongada em 2023 e 2024.

A seca, considerada uma das mais duradouras da história, impactou diretamente a produção de café. De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Sistema Faemg Senar), Antônio Pitangui de Salvo, esse fenômeno climático, aliado a altas temperaturas, resultou em uma queda na produção, o que, somado à retração em anos anteriores, agravou ainda mais a situação.

A seca, junto ao aumento no consumo de café, especialmente pela China, levou ao aumento dos preços tanto no Brasil quanto no mercado internacional.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), Pavel Cardoso, também ressaltou que problemas climáticos semelhantes ocorreram em outros grandes produtores, como Vietnã e Colômbia, que enfrentaram temperaturas elevadas e estiagem prolongada, além de tempestades severas no final de 2023.

Esses eventos climáticos impactaram negativamente a colheita, resultando em uma redução significativa na oferta de café, o que pode continuar pressionando os preços.

O coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), acrescentou que a previsão de queda na produção de café, com uma retração estimada de 4,4% nas sacas beneficiadas em 2024, contribuirá para a continuidade da alta nos preços. A oferta reduzida, especialmente do arábica, que deve cair 12,4%, fará com que os preços se mantenham elevados.

A natureza bianual das safra de café, com anos de produção mais forte seguidos por anos de safra mais fraca, também contribui para a escassez de grãos e, consequentemente, para a manutenção de preços altos.

Uma possível alternativa para amenizar a volatilidade dos preços pode vir por meio do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que tem um valor autorizado de R$ 6,8 bilhões para a safra 2024/2025. Pavel Cardoso acredita que o apoio governamental, por meio de destinações adequadas a esse fundo, poderia ajudar a recompor o capital das indústrias e garantir a continuidade dos negócios.

Fonte:O tempo

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Gazeta de Varginha

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