Prefeito de Carmo do Rio Claro proíbe funk e músicas de duplo sentido em escolas a partir de 2025
31 de dez. de 2024
Reprodução
O prefeito de Carmo do Rio Claro, no Sul de Minas Gerais, Filipe Carielo (PSD), anunciou na sexta-feira (27) que, a partir de 2025, será proibido tocar funk e músicas com letras de duplo sentido nas escolas municipais. A medida foi comunicada através das redes sociais do prefeito e gerou debates entre apoiadores e críticos.
Carielo explicou que a decisão tem como objetivo preservar o ambiente educacional para crianças e adolescentes, destacando que muitas letras do gênero funk contêm conteúdos inadequados. "O ritmo... 90% das letras são totalmente impróprias para crianças. Se 90% daquele ritmo são letras impróprias, mesmo que tenha 10% boas, estamos acostumando a criança a um ritmo que não é legal", justificou o prefeito. Ele mencionou, como exemplo, a música Tubarão, do MC Ryan, como um caso de letra considerada inapropriada para o público infantil.
Além do funk, outros gêneros musicais com letras de duplo sentido também serão proibidos nas atividades escolares. O prefeito ressaltou que a decisão não interfere no que os pais escolhem para seus filhos em casa, mas que o ambiente escolar deve ser controlado para garantir a adequação do conteúdo.
A medida gerou controvérsias sobre a liberdade cultural e o papel do poder público na escolha dos conteúdos escolares. Enquanto alguns defendem a ação como uma forma de proteger as crianças e adolescentes, outros criticam a iniciativa, acusando-a de censura. A postura de Carielo, que se autodeclara "um prefeito de direita", não é inédita em termos de polêmicas. Em novembro, ele esteve no centro de uma controvérsia ao usar o evento Carmo Rodeio Fest 2024 para pedir anistia às pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram os prédios da Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A decisão sobre a proibição do funk nas escolas de Carmo do Rio Claro continua a gerar discussões intensas na cidade e nas redes sociais, dividindo opiniões sobre os limites entre a proteção dos jovens e a liberdade de expressão cultural.
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