Preso advogado que cobrava propina para barrar investigação da Polícia em Minas
gazetadevarginhasi
9 de mai.
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Divulgação
Advogado é preso em Unaí por tentativa de interferência em investigação da Operação Caça Fantasmas.
O Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Regional Paracatu, cumpriu, nesta quinta-feira (8/5), mandado de prisão preventiva contra um advogado em Unaí, no Noroeste do estado. A medida é um desdobramento da Operação Caça Fantasmas, que revelou um esquema de crimes envolvendo organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, com prejuízo estimado em mais de R$ 500 milhões.
De acordo com a investigação, o advogado preso é acusado de tráfico de influência, embaraço à investigação e crimes contra a honra do delegado responsável pelo caso. A apuração do Gaeco apontou que ele solicitou e recebeu valores de investigados com a promessa de interferir nas investigações e de que parte do dinheiro seria entregue ao delegado, com o intuito de paralisar o andamento dos inquéritos.
Além do advogado, dois outros envolvidos no esquema também foram denunciados e tiveram prisão preventiva decretada. Ambos são investigados por corrupção ativa e por dificultar o andamento da investigação envolvendo a organização criminosa alvo da operação.
A prisão do advogado foi realizada com respeito às prerrogativas profissionais da advocacia, sendo acompanhada por um defensor e por um delegado de prerrogativas da seccional da OAB local.
Deflagrada no fim de 2024, a Operação Caça Fantasmas revelou a existência de uma organização criminosa interestadual, altamente sofisticada, com foco na prática de crimes tributários, falsificação de documentos e lavagem de capitais. O grupo teria causado prejuízos bilionários aos cofres públicos, conforme apontam os dados reunidos durante a investigação.
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