Produção Industrial Brasileira Registra Queda de 0,9% em Maio, Aponta IBGE
Elisa Ribeiro
3 de jul. de 2024
2 min de leitura
Divulgação
A produção industrial brasileira registrou uma queda de 0,9% em maio em comparação com abril, conforme revelado pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 5. Em abril, o indicador já havia apresentado uma baixa de 0,5%. Juntos, esses dois meses acumularam uma perda de 1,7%, revertendo o ganho de 1,1% registrado entre fevereiro e março deste ano. Na comparação com maio do ano anterior, a produção industrial caiu 1%.
O IBGE destacou que a indústria operava em maio 1,4% abaixo do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 17,8% abaixo do pico histórico alcançado em maio de 2011.
Entre os setores industriais, as principais influências negativas em maio foram observadas em veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%). Este último acumulou o segundo mês seguido de queda na produção, com uma perda de 4,7% no período.
André Macedo, gerente da pesquisa, explicou que um dos fatores para esse desempenho negativo foi o impacto das chuvas no Rio Grande do Sul, que afetaram tanto a indústria local quanto a nacional.
Outros setores que contribuíram significativamente para a queda na produção industrial foram produtos químicos (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), produtos do fumo (-28,2%), metalurgia (-2,8%), máquinas e equipamentos (-3,5%), impressão e reprodução de gravações (-15%) e produtos diversos (-8,5%). Por outro lado, as indústrias extrativas (2,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%) registraram crescimento em maio.
Todas as quatro grandes categorias do setor industrial pesquisadas pelo IBGE apresentaram queda na atividade em maio em relação a abril. Os bens de consumo duráveis (-5,7%) e os bens de capital (-2,7%) foram os que registraram as maiores taxas negativas no mês, revertendo os avanços observados anteriormente. Os bens intermediários (-0,8%) e os bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-0,1%) também tiveram queda na produção em maio.
Esse panorama reflete um cenário desafiador para o setor industrial brasileiro, que enfrenta dificuldades tanto internas quanto externas, influenciadas por diversos fatores econômicos e climáticos.
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