Produtores de arroz do Rio Grande do Sul irão se reunir nesta quarta-feira (19) com representantes do governo Lula para tentar convencer as autoridades a desistirem de realizar um novo leilão de arroz importado. O primeiro leilão foi cancelado no dia 11 de junho devido a suspeitas de fraude e dúvidas sobre a capacidade das vencedoras em atender à demanda.
O encontro está agendado para as 15h na sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e contará com a presença dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além de Edegar Pretto, presidente da Conab. Representando os produtores de arroz, estarão presentes membros da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), do Instituto Rio Grandense do Arroz e da Câmara Setorial do Arroz.
Os produtores apresentarão vários argumentos ao governo, incluindo:
Balanços de oferta e demanda da Conab que mostram um estoque final maior do que o inicial;
Estudos que indicam que a Conab subestima importações e superestima exportações e consumo, sugerindo que a projeção de estoque final é maior do que a estimada;
Dados apontando que a produção brasileira de arroz até agora é de 10,49 milhões de toneladas, um aumento de 4,6% em relação ao ano passado, mesmo considerando as perdas no Rio Grande do Sul, segundo um levantamento da própria Conab;
Dados do IPCA mostrando que o preço do arroz para o consumidor subiu 1,47% após as enchentes no estado, ao contrário do que o governo sugere. Outros produtos, como batata-inglesa (20,61%), cebola (7,94%) e cenoura (6,05%), subiram mais, mas o governo não planeja importá-los;
Argumentos de que o arroz que o governo pretende importar é cultivado com defensivos agrícolas proibidos no Brasil, com um estudo mostrando que a produção de arroz na Ásia utiliza 39 produtos vedados no Brasil. Fonte:CNN
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