Protestos contra o governo seguem na Geórgia com intensificação da repressão policial
Milhares de cidadãos se reuniram novamente em Tbilisi para protestar contra a suspensão das negociações de adesão da Geórgia à União Europeia. A manifestação, que já dura 13 dias, viu um aumento nas tensões, com a polícia utilizando canhões de água e gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Além disso, houve episódios de violência contra jornalistas que cobriam os protestos.
O movimento ganhou força após a decisão do partido no poder, Sonho Georgiano, de interromper as conversações para a adesão da Geórgia à UE, decisão vista como um retrocesso nas aspirações europeias do país. O protesto teve início após as eleições de 26 de outubro, que foram marcadas por acusações de manipulação eleitoral, supostamente com o apoio da Rússia, e por um boicote da oposição, incluindo da presidente pró-ocidental Salome Zourabichvili.
Os manifestantes bloquearam ruas em frente ao parlamento e intensificaram os protestos, exigindo a retoma das negociações com a UE. A repressão tem se intensificado, com mais de 300 detenções e mais de 100 pessoas feridas até o momento.
O pedido de adesão da Geórgia à UE foi feito formalmente em março de 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Em dezembro de 2023, a Geórgia obteve o status de candidato à adesão, o que gerou celebrações entre muitos georgianos. Agora, os manifestantes prometem continuar as manifestações até que suas exigências sejam atendidas.
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