Rússia cogita retaliação a ataques da Ucrânia e analistas apontam risco de escalada nuclear
gazetadevarginhasi
5 de jun.
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Após uma ofensiva com drones da Ucrânia que atingiu bombardeiros estratégicos russos, o clima entre Moscou e Kiev voltou a se intensificar perigosamente. A Rússia prometeu retaliar os ataques, conforme divulgado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que conversou por telefone com Vladimir Putin após o episódio.
Segundo informações ucranianas, mais de 40 aeronaves foram danificadas, causando um prejuízo estimado em US$ 7 bilhões. Autoridades americanas, por outro lado, relataram à agência Reuters que o impacto foi um pouco menor: cerca de 20 aviões foram atingidos, sendo 10 deles totalmente destruídos.
O ataque é visto como um dos mais ousados desde o início da guerra e pode ter implicações diretas nas negociações de paz entre os países. O governo russo ainda não divulgou como responderá oficialmente, mas dentro da Rússia, a pressão por uma reação severa aumentou.
Blogueiros pró-Kremlin e apresentadores da mídia estatal pediram uma resposta “à altura”, citando até o uso de armamento nuclear. O debate se tornou mais tenso após analistas militares russos sugerirem que a destruição de bombardeiros estratégicos — usados como parte da doutrina de dissuasão nuclear — pode ser interpretada como uma violação do “limite legal” de segurança da Rússia, abrindo precedente para o uso de armas atômicas.
Embora não haja confirmação de que Moscou vá escalar o conflito dessa forma, o alerta foi suficiente para aumentar o receio da comunidade internacional sobre uma possível retaliação desproporcional.
A retórica crescente coloca em xeque os esforços diplomáticos recentes e levanta uma pergunta crucial sobre os rumos da guerra e a estabilidade global nos próximos meses.
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