Rússia vê envio de tropas da Otan como agravamento do conflito

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A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, emitiu um forte alerta na quinta-feira (23) contra os países membros da Otan, pedindo que evitem enviar tropas para a Ucrânia. Segundo ela, qualquer movimento nesse sentido escalaria ainda mais o conflito de forma descontrolada e seria completamente inaceitável para a Rússia.

A declaração ocorre em um contexto de crescente tensão sobre o envolvimento militar da Otan no conflito e as possíveis consequências dessa intervenção.“O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em uma tentativa de reforçar a defesa do seu país, sugeriu, no início desta semana, que seriam necessários cerca de 200 mil soldados europeus para garantir a segurança da Ucrânia e evitar futuros ataques russos após a assinatura de um possível acordo de cessar-fogo. Ele enfatizou que, sem o envio dessas forças adicionais, a Rússia poderia continuar suas ofensivas

“Por outro lado, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, falou sobre a necessidade urgente de os Estados Unidos manterem o fornecimento de armamentos e apoio à Ucrânia. Em um evento no Fórum Econômico Mundial em Davos, ele destacou que a Europa deveria estar disposta a assumir uma maior parcela dos custos dessa assistência. Rutte também indicou que, caso o governo de Donald Trump esteja disposto a seguir fornecendo apoio à Ucrânia, a responsabilidade pelo financiamento recairia sobre os países europeus.

A fala de Rutte aconteceu após Trump declarar, no início da semana, que a União Europeia deveria estar fazendo mais para apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia.“O secretário-geral da Otan aproveitou a ocasião para reiterar que a aliança precisa investir mais em defesa, aumentando a produção industrial de equipamentos militares para sustentar o apoio à Ucrânia, além de ampliar o seu comprometimento financeiro com a questão. Esses comentários refletem a crescente pressão sobre os aliados da Otan, que têm enfrentado críticas tanto internas quanto externas sobre o financiamento e o apoio à guerra na Ucrânia.“

Fonte: CNN.