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Região de Minas se torna exportadora de migrantes para os EUA

  • gazetadevarginhasi
  • 8 de fev.
  • 2 min de leitura
Reprodução
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Governador Valadares, em Minas Gerais, se tornou um dos principais polos de exportação de imigrantes para os Estados Unidos, com muitos moradores da região buscando realizar o "sonho americano". Mesmo com a política migratória mais rígida do ex-presidente Donald Trump, especialistas acreditam que isso não terá grande impacto no número de brasileiros tentando migrar ilegalmente.

O fenômeno tem raízes profundas, com cidades como Sobrália, São Geraldo da Piedade e Fernandes Tourinho, no entorno de Governador Valadares, figurando entre as maiores exportadoras de imigrantes do Brasil, conforme dados do IBGE. A imigração na região começou com a Segunda Guerra Mundial, quando empresas americanas se instalaram em Valadares para extrair mica, e a economia local foi impulsionada pela atividade.

Com o declínio econômico da cidade e a escassez de oportunidades, os moradores começaram a buscar alternativas no exterior, com os Estados Unidos se tornando um destino viável. Inicialmente, muitos valadarenses viajavam legalmente, mas ao longo do tempo, com a dificuldade em obter vistos, a migração clandestina se tornou uma opção para aqueles que buscavam melhorar a qualidade de vida.

Esse movimento migratório ocorreu em várias ondas, a primeira nos anos 1960 com trabalhadores chamados pelos empreiteiros americanos e depois, nos anos 1980, com a crise econômica no Brasil que levou a classe média mineira a emigrar. Nos anos 2000, o número de migrantes clandestinos aumentou, com muitos valadarenses recorrendo aos "coiotes" — pessoas que facilitam a travessia ilegal para os Estados Unidos. Com a crescente demanda por viagens clandestinas, o contrabando de imigrantes se tornou um negócio lucrativo na região, com fazendeiros, empresários e até políticos liderando as redes de agenciamento. A Polícia Federal tem combatido esses esquemas, mas o contrabando continua a movimentar milhões de reais.

O processo migratório clandestino coloca as pessoas em situações de risco, como violência e precariedade nas viagens. A busca por uma vida melhor nos Estados Unidos persiste, com muitos imigrantes dispostos a enfrentar o risco, como é o caso de Gilcimar, que fez a travessia com a família e agora aguarda a legalização de sua situação.

Fonte: IstoÉDinheiro.

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Gazeta de Varginha

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