Relação EUA-China será chave na geopolítica durante mandato de Trump
gazetadevarginhasi
7 de nov. de 2024
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A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos deve trazer importantes desdobramentos para a geopolítica global, especialmente no que diz respeito às relações com a China. Esta é a avaliação do analista sênior de Internacional Américo Martins, que destaca a complexidade do cenário mundial atual. Segundo Martins, o mundo se tornou “muito mais complicado e perigoso” desde o primeiro mandato de Trump, com duas grandes guerras acontecendo simultaneamente: o conflito entre Rússia e Ucrânia na Europa e a guerra no Oriente Médio. Este cenário apresentará novos desafios para o presidente eleito, que terá que lidar com conflitos envolvendo exércitos nacionais, diferentemente de sua experiência anterior. China: O ponto central da geopolític O analista enfatiza que, além dos conflitos armados, a relação com a China será provavelmente “o ponto mais importante desses quatro anos em termos de relações geopolíticas”. Martins justifica esta afirmação destacando que EUA e China são as duas maiores economias do mundo, com ideologias e visões de mundo divergentes, competindo em diversos setores. “O próprio Donald Trump deixou muito claro que ele elegeu a China como um dos grandes rivais internacionais”, afirma Martins. O presidente eleito já sinalizou sua intenção de aumentar tarifas contra produtos chineses, manter o apoio a Taiwan e impedir o ‘completo desenvolvimento da China’. A postura de Trump em relação à China durante seu primeiro mandato e sua campanha eleitoral indica uma provável continuidade dessa abordagem “confrontacional”. O analista ressalta que, até o momento da análise, não houve pronunciamento oficial do governo chinês sobre a vitória de Trump, o que torna ainda mais crucial o acompanhamento atento das relações entre as duas potências nos próximos meses. Com este cenário complexo, a comunidade internacional aguarda para ver como se desenvolverão as relações entre Estados Unidos e China sob um novo mandato de Trump, e quais serão os impactos dessas interações na geopolítica global.
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