Resíduos da produção de vinhos podem ser aproveitados em cosméticos, remédios e alimentos, aponta estudo
gazetadevarginhasi
27 de dez. de 2024
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A Universidade Federal de Alfenas (Unifal) criou um projeto inovador para reaproveitar resíduos da produção de vinhos, como bagaço, sementes, cabos e borras das uvas, transformando-os em insumos para cosméticos, alimentos e medicamentos.
Desde fevereiro, a pesquisa, liderada pelo professor Marcelo Aparecido da Silva, gerou materiais ricos em propriedades antioxidantes e antibacterianas. Esses compostos podem combater radicais livres, ajudando a preservar o colágeno e a combater a flacidez da pele, tornando-os ideais para cosméticos.
“Esses radicais livres lesam, principalmente, o colágeno, aquela proteína que segura a pele. Então, esse é um cosmético que pode ser produzido com as substâncias extraídas do rejeito”, afirma o professor Marcelo.
Além disso, o material pode ser aplicado na fabricação de medicamentos, auxiliando na cura de lesões, e em alimentos funcionais, promovendo a saúde. O projeto também oferece uma alternativa sustentável ao descarte inadequado desses resíduos, que frequentemente são jogados na terra ou em rios.
O professor destaca ainda o potencial de desenvolvimento econômico para pequenos agricultores e a indústria do vinho: “Esses processos vão gerar, no final, algum produto que tenha um maior valor agregado do que simplesmente redescartar o resíduo.”
O estudo continuará pelos próximos três anos, prometendo benefícios ambientais, econômicos e sociais.
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