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Símbolo da mineiridade, referência e inspiração: amigos e admiradores prestam homenagens no aniversário de Adélia Prado


Reprodução
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"Adélia Prado tem o poder de encorajar, inspirar e de nos fazer ver poesia em meio ao caos".

Assim uma admiradora descreve o impacto da obra da poetisa e escritora mineira, que celebra 89 anos na sexta-feira (13).

Ela vive de maneira tranquila em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais, rodeada de livros, amigos e familiares. "A poesia de Adélia me faz enxergar a beleza nas coisas simples e sentir mais intensamente a presença de Deus no dia a dia. A simplicidade de seus textos nos conduz a perceber o sagrado na flor que desabrocha, no som do trem, no preparo da comida, no olhar de uma criança. Adélia é guiada pelo Espírito Santo, e apenas aqueles que conseguem se afastar das distrações do mundo podem realmente se envolver com suas palavras", afirmou a jornalista Ana Tereza Arruda, fã de Adélia.

Adélia Prado é considerada a grande poetisa de nossa geração, sendo uma referência não só em Divinópolis, mas também em todo o Brasil, talvez até no mundo, pois ela se coloca entre os maiores nomes da atualidade. "Quando leio seus poemas, sinto o cheiro de coisas deliciosas preparadas pela minha mãe, o aconchego do lar, aquela sensação boa que encontramos na família. Junto a isso, há a busca e a confiança em Deus, a certeza de que Ele é o pastor que nos guia por campos verdes. Que ela tenha um aniversário repleto de saúde e paz", expressou o amigo e escritor Augusto Fidélis. Para o amigo e escritor Flávio Ramos, Adélia é marcada por uma profunda religiosidade e pela vivência do cotidiano feminino, sem filtros.

Primeira mulher a ser agraciada com o prêmio Conjunto da Obra pelo Governo de Minas em 2017, Adélia Prado também recebeu uma indicação à Academia Brasileira de Letras. Sua influência ultrapassa as fronteiras do Brasil, sendo amplamente reconhecida como uma das principais vozes da literatura contemporânea.

Recentemente, ela foi laureada com os prêmios Camões de Portugal e Machado de Assis 2024. Confira outros prêmios conquistados por Adélia Prado:
  • Jabuti de Literatura (1978);
  • ABL de Literatura Infantojuvenil (2007);
  • Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2010);
  • Associação Paulista dos Críticos de Arte (2010);
  • Clarice Lispector (2016);
  • Literatura do Governo de Minas Gerais (2017);
  • Associação de Artistas e Designers de Artes Aplicadas da Sérvia (2018).

Principais obras de Adélia Prado

Entre seus livros mais emblemáticos estão "Bagagem" (1976) e "O coração disparado" (1978), este último ganhador do prêmio Jabuti. Sua estreia na prosa ocorreu no ano seguinte, com o livro “Solte os cachorros”. Depois, publicou “Cacos para um Vitral”.
Em 1981, lançou “Terra de Santa Cruz” e, em 1984, “Os componentes da banda”. Em 1991, foi lançada a sua "Poesia reunida".
Após um período de silêncio poético, Adélia voltou em 1994 com o livro “O homem da mão seca”. Em 1999, publicou “Manuscritos de Felipa”, “Oráculos de maio” e sua “Prosa reunida”.
Para seus leitores, a obra de Adélia é marcada pela fé católica, pela vida cotidiana e pelo olhar feminino.

"Adélia é uma fusão de simplicidade e força ao mesmo tempo. Ao longo dos anos, ela conquistou leitores de todas as idades, incluindo eu, que sou fã há muitas décadas. Para mim, Adélia é mais do que uma escritora, ela é um vínculo entre o Divino e o humano, entre o extraordinário e o cotidiano da vida", afirmou Ana Tereza Arruda.


Fonte : G1

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Gazeta de Varginha

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