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Sírios comemoram queda de Assad após fim do toque de recolher

Reprodução
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Combatentes e civis sírios expressaram sua alegria na Praça dos Omíadas, no centro de Damasco, onde se reuniram na segunda-feira (9/12) para celebrar a queda do presidente Bashar al-Assad depois que os rebeldes suspenderam o toque de recolher noturno.
O presidente deposto fugiu de Damasco para Moscou no domingo, expulso por uma ofensiva relâmpago dos rebeldes islamitas, que representou um ponto de mudança na história deste país governado por 50 anos pelo clã Assad.
Muitos combatentes rebeldes se reuniram na Praça dos Omíadas, onde vários civis se uniram às celebrações pela queda de Bashar al-Assad a bordo de seus veículos."É indescritível, não pensávamos que este pesadelo iria terminar, estamos renascendo", afirmou Rim Ramadan, de 49 anos, uma funcionária do Ministério das Finanças.
"Estávamos há 55 anos com medo de falar, até mesmo em casa, dizíamos que as paredes tinham ouvidos. Você sente como se estivesse vivendo um sonho", acrescentou à reportagem, em meio ao som de buzinas e tiros para o alto.
Da praça era possível observar uma coluna de fumaça em um bairro vizinho, onde ficam os edifícios dos serviços de segurança, que foram incendiados no domingo. A cidade teve um toque de recolher da noite de domingo até 5h (23h de Brasília, domingo).
No dia 27 de novembro, uma coalizão de rebeldes liderada pelo grupo islamista radical Hayat Tahrir al Sham (HTS), de Abu Mohammad al-Jolani, iniciou uma ofensiva a partir de seu reduto em Idlib, no noroeste do país.
Em 10 dias, diante do colapso das forças governamentais, os rebeldes conquistaram territórios e tomaram o controle das cidades de Aleppo (norte), Hama (centro), Daraa (sul) e Homs, antes de entrar na capital Damasco.
Esta foi a ofensiva mais rápida desde o início da guerra civil de 2011, provocada pela repressão violenta das manifestações pró-democracia e que deixou mais de 500.000 mortos.
O Kremlin se recusou a confirmar os relatos de que o presidente deposto da Síria, Bashar al-Assad, fugiu para a Rússia, depois que agências de notícias russas informaram, citando fontes governamentais, que o ex-governante e sua família estavam em Moscou e receberam asilo por razões humanitárias.
"Quanto ao paradeiro do presidente Assad, não tenho nada para falar a vocês", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa.
As agências russas anunciaram na noite de domingo (08/12), citando uma fonte do Kremlin, que Assad, aliado da Rússia, e sua família estavam em Moscou. Eles fugiram da Síria após a ofensiva relâmpago de um grupo de rebeldes liderados por islamistas radicais.
Questionado se o presidente Vladimir Putin havia decidido pessoalmente conceder refúgio a Assad, Peskov respondeu: "Decisões assim não podem ser tomadas sem o chefe de Estado. Não tenho mais nada a dizer". "O que aconteceu surpreendeu o mundo inteiro. Nós não somos exceção", acrescentou.
O porta-voz do Kremlin afirmou ainda que considera "necessário" abordar com as futuras autoridades sírias a possibilidade de manter a base naval russa em Tartus e a base aérea militar russa em Hmeimim.
"É tema de discussões com aqueles que estão no poder na Síria", declarou, antes de afirmar que a Rússia "faz todo o possível e necessário para entrar em contato com aqueles que podem estar encarregados de garantir a segurança" das bases militares russas no país. A Rússia, que atua militarmente na Síria desde 2015 em apoio a Assad, acredita que o país entra em "um período muito difícil, devido à instabilidade", segundo Peskov. Neste contexto, "é muito importante manter um diálogo com todos os países" da região, acrescentou.
Fonte: O Tempo.

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Gazeta de Varginha

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