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Saúde da tireoide exige atenção, exames regulares e acompanhamento médico 

  • gazetadevarginhasi
  • 23 de out.
  • 2 min de leitura

divulgação
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Manter a saúde da tireoide em dia é essencial para o equilíbrio do organismo. Essa pequena glândula, localizada na parte anterior do pescoço e com formato semelhante ao de uma borboleta, regula funções vitais por meio da produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).

Alterações em seu funcionamento podem causar distúrbios distintos. No caso do hipertireoidismo, quando há excesso de hormônios tireoidianos, o “metabolismo acelera” e os sintomas mais comuns incluem agitação, taquicardia, insônia e perda de peso. Já no hipotireoidismo, situação em que há queda desses hormônios, ocorre “ desaceleração do metabolismo” e o paciente pode apresentar sonolência, prisão de ventre, queda de cabelo, pele ressecada e ganho de peso.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), os nódulos de tireoide são bastante comuns e podem estar presentes em 50% a 60% da população brasileira. Na maioria das vezes, eles não afetam a produção hormonal, mas em alguns casos específicos essa relação pode existir: quando há doenças autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto, o nódulo pode aparecer junto ao hipotireoidismo; já os chamados nódulos funcionantes ou “quentes” podem produzir hormônio em excesso, levando ao hipertireoidismo. A boa notícia é que a maior parte deles, cerca de 85% a 90%, é considerada benigna.A endocrinologista pediatra Natália Cinquini, do Sabin Diagnóstico e Saúde, explica que as alterações hormonais podem ser detectadas por meio de exames laboratoriais.
“O TSH e o T4 livre são os principais exames que nos auxiliam na avaliação da função da glândula. Se houver alterações, é indicada a dosagem de anticorpos como anti-tireoperoxidase, anti-tireoglobulina e TRAb, que ajudam a definir o tipo de distúrbio”, afirma a médica. Segundo Natália, o tratamento varia de acordo com o tipo de alteração. “No hipotireoidismo, utilizamos a reposição com levotiroxina, que repõe o hormônio que está em falta. Já no hipertireoidismo, o tratamento inclui medicamentos antitireoidianos, como o metimazol e o propiltiouracil.

Dependendo do caso, também podemos indicar o uso de iodo radioativo ou até mesmo cirurgia para remoção da glândula, sempre de acordo com a avaliação clínica de cada paciente”, explica.Gestantes, pessoas com doenças autoimunes como diabetes tipo 1 e pacientes com Síndrome de Down ou

Síndrome de Turner por exemplo apresentam maior risco para alterações hormonais e precisam de acompanhamento médico regular para rastreamento precoce e controle adequado da função tireoidiana. Outro ponto importante é que disfunções da tireoide, especialmente em estágios iniciais, podem não apresentar sintomas claros. “Por isso é fundamental ter acompanhamento médico regular para que os exames laboratoriais sejam solicitados no momento certo e o tratamento, quando necessário, iniciado em momento oportuno”, acrescenta a especialista.

Embora não seja possível prevenir todos os distúrbios da tireoide, por envolverem fatores genéticos e autoimunes, alguns hábitos podem proteger a glândula. A manutenção de uma dieta com quantidade adequada de iodo, presente principalmente no sal iodado e em alimentos como peixes e frutos do mar, evitar o tabagismo e a exposição à radiação, além de adotar uma rotina saudável com alimentação equilibrada e prática regular de atividade física, são atitudes que contribuem para reduzir riscos.O cuidado contínuo exige acompanhamento médico periódico.

Pessoas sem alterações conhecidas devem realizar avaliações pelo menos uma vez ao ano, incluindo exame físico e laboratoriais, enquanto pacientes com doenças diagnosticadas precisam de seguimento individualizado, geralmente com consultas mais frequentes.
 

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Gazeta de Varginha

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