O Ministério da Saúde enviou à Câmara dos Deputados um manifesto contrário a um projeto de lei que pretende suspender a nota técnica que incorporou vacinas da Covid-19 ao Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a cinco anos. A manifestação, enviada na sexta-feira (31), discute que “cabe ao Ministério da Saúde a elaboração do Programa Nacional de Imunizações, que definirá as vacinações, inclusive as de caráter obrigatório”.
Segundo a pasta, a inclusão da vacina de Covid-19 no calendário “foi realizada com base em evidências científicas internacionais, além de dados epidemiológicos de casos e óbitos pela doença no Brasil”.
O manifesto foi apoiado pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização, composta por entidades como a Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Imunizações, Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde.
O ministério informou que imunizações nessa faixa etária contam com aprovações regulatórias internacionais de instituições como a OMS (Organização Mundial de Saúde) e o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), reiterou, ainda, que as vacinas contra a doença em crianças foram baseadas “em dados de milhões de doses e ensaios clínicos pediátricos”.
De acordo com a pasta, são realizados monitoramentos da segurança da vacinação, “com dados que indicam que as vacinas utilizadas no Brasil reduziram as taxas de internações e óbitos decorrentes de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Covid-19″.
O calendário recomenda esquema de três doses (aos 6, 7 e 9 meses de idade) da vacina de Covid-19. Caso não tenha iniciado ou completado o esquema primário até os 9 meses de idade, a vacina poderá ser administrada até 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme histórico vacinal, respeitando os intervalos mínimos recomendados de 4 semanas entre a 1ª e 2ª dose, e 8 semanas entre a 2ª e 3ª dose.
fonte:R7
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