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Saem os vencedores deste ano do Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia e Inovação


Foto: Fapemig / Divulgação

Minas Gerais se destacou entre os vencedores do Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia e Inovação “Professora Odete Fátima Machado da Silveira” (2ª edição). O resultado foi anunciado pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) na última quinta-feira (23/3), durante a programação do Fórum Nacional Confap. O evento, que reuniu, além dos presidentes das FAPs, representantes das agências nacionais de fomento à CT&I, pesquisadores convidados e gestores da área, foi transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da Agência Fapesp.
A premiação é dividia em seis categorias. Na categoria Pesquisador Destaque – Ciências da Vida, José Oswaldo Siqueira, da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Embrapa, ficou com o segundo lugar. Ele é especialista em bioquímica e microbiologia do solo, atuando em degradação e reabilitação, produção e sustentabilidade agrícola. Foi professor e pró-reitor de pesquisa da Ufla, além de ter contribuído com várias outras instituições, como o CNPq e a Fapemig, tendo sido membro de seu Conselho Curador.
“É a maior satisfação receber esse prêmio. É importante marcar presença, trazer o prêmio para nosso estado. Mas o que fico mais feliz é ver a consolidação desse sistema de ciência e tecnologia. Eu vi a Fapemig nascer: fui da primeira Câmara de Ciências Agrárias, éramos três pesquisadores, hoje são quase 30. Depois fui do Conselho Curador. Ter sido indicado pela Fapemig, merecido essa confiança, estou muito honrado”.
Na categoria Pesquisador Destaque – Ciências Exatas, Rochel Montero Lago, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ficou em terceiro lugar. Da área da Química, ele coordena diversos projetos de pesquisa de impacto, como o INCT Midas, ação pioneira que foca na transferência de tecnologia para a sociedade. Também é um dos responsáveis pela criação, em 2018, da Escalab, centro pioneiro de escalonamento de tecnologias e modelagem de negócios.
"O prêmio é uma grande surpresa. Tem tanto pesquisador brilhante em Minas Gerais.... A grande coisa que sai disso é perceber como as agências de fomento estão valorizando muito mais que as publicações, estão olhando também para o impacto do pesquisador na sociedade. Isso é uma super motivação, mostra que a direção que decidimos seguir está alinhada com a de nossos fomentadores. Muito bom ter essa clareza, ver que, além das publicações, que são extremamente importantes, é necessário pensar cada vez mais em se conectar com a sociedade e impactar com a ciência que a gente faz”.
Na categoria Pesquisador Destaque – Ciências Humanas, o segundo lugar ficou com Mônica Viegas Andrade, da UFMG. Mônica realiza pesquisas na área de economia aplicada com ênfase em Economia do Bem-Estar Social – área que traz grandes contribuições para a avaliação de políticas públicas, em especial, aquelas referentes à saúde pública. É autora de diversos artigos, livros e capítulos de livros e tem desenvolvido projetos de extensão que também seguem a linha da economia da saúde, com intervenções no Hospital das Clínicas da UFMG, na área de regulação do sistema de saúde e avaliação do programa de saúde da família no estado de Minas Gerais.
“Receber este prêmio é uma emoção muito grande. O trabalho reconhecido aqui é fruto de um trabalho coletivo, de uma equipe. É uma honra representar a UFMG, a Fapemig e o Estado de Minas Gerais nessa premiação”.
Na categoria Pesquisador(a) Inovador(a) – Inovação Para o Setor Empresarial, Cleudmar Amaral Araújo, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), ficou em primeiro lugar. O pesquisador possui vasta lista de publicações e patentes e tem contribuído de forma expressiva no desenvolvimento de tecnologias assistivas na área de saúde e esporte paralímpico. No total são 35 invenções protegidas e nove tecnologias não protegidas que estão licenciadas para a chegada ao mercado consumidor. Dentre os exemplos de tecnologias desenvolvidas estão cadeiras de rodas anatômicas e otimizadas para diferentes esportes paralímpicos como Rúgbi, Handebol, Basquetebol e Esgrima, uma manocleta infantil e cadeiras de rodas adaptadas a pessoas especiais no contexto do Brasil, além de diferentes dispositivos para encosto da cadeira. Tudo isso foi desenvolvido graças a anos de pesquisas multidisciplinares do laboratório de Projetos Mecânicos.
“Esse trabalho surgiu de um sonho, de tirar de dentro da universidade, dos laboratórios, conhecimento e tecnologias que melhorassem a vida dessas pessoas. Queremos contribuir para reduzir diferenças, especialmente para pessoas de baixa renda. O prêmio é o reconhecimento de que devemos seguir nesse caminho e dá força para ações cada vez mais grandiosas. Por exemplo, agora, com o apoio do governo federal, via MCTI, estamos implantando em Uberlândia o CNT – Centro Nacional de Tecnologia. Esse centro é um marco: vai fazer com que as tecnologias cheguem até as pessoas. Não tem sentido que elas fiquem nos laboratórios, gerando somente publicações: as pessoas precisam usar. Então quero agradecer ao Confap, não somente pelo prêmio. O prêmio é um reconhecimento importante, mas, mais que isso, ele agrega pessoas e nos permite trabalhar em sinergia com as instituições e as agências de fomento. Esse trabalho em conjunto fortalece para que a gente possa fazer mais pela população”.
Marcelo Speziali, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapemig, destaca a importância do prêmio para Minas Gerais. “Pela segunda vez, o estado está levando o maior número de prêmios. Isso mostra que temos altíssimo capital intelectual, capital de qualidade em Minas Gerais, e que temos que aprender a mostrá-lo mais para a sociedade científica. Temos que dar o devido valor a essa conquista, pois estamos fazendo ciência de qualidade e o resultado está aí, nesses prêmios".

Reconhecimento
Em sua 2ª Edição, o Prêmio Confap de CT&I é uma iniciativa do Conselho Nacional das FAPs, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e visa reconhecer o trabalho de pesquisadores(as) que se destacaram em pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, cujos resultados geraram conhecimento e beneficiaram, direta ou indiretamente, o desenvolvimento e o bem-estar da população brasileira. O prêmio também reconhece a atuação de profissionais de comunicação que, por meio do jornalismo científico, contribuíram para a aproximação entre a CT&I e a sociedade brasileira. Os vencedores recebem certificados e troféus, além disso de prêmio em dinheiro: 1º lugar, R$ 10mil; 2º lugar, R$ 6mil; e 3º lugar, R$ 3 mil.

Fonte: Agência Minas

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