Saiba como funciona fenômeno que pode tornar o Brasil inabitável em 50 anos
Um estudo da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) mostra que o Brasil pode ficar inabitável em 50 anos. Conduzida pelo cientista Colin Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da agência, a pesquisa aponta como o aumento constante da temperatura global, bem como as ondas de calor cada vez mais frequentes, podem tornar o ambiente extremamente prejudicial à saúde dos seres humanos.
O fenômeno é chamado de temperatura de bulbo úmido, que é uma medida de temperatura que leva em consideração tanto a temperatura do ar quanto a umidade relativa. É um indicador importante na meteorologia e em áreas relacionadas, como a climatologia e a engenharia ambiental. Para medir a temperatura do bulbo úmido, um termômetro é envolto em um pano úmido e exposto ao ar, permitindo que a água do pano evapore. A evaporação, que é um processo de resfriamento, faz com que a temperatura medida pelo termômetro diminua em relação à temperatura de bulbo seco (a temperatura normal do ar).
Raymond afirma que os seres humanos conseguem sobreviver por seis horas em uma temperatura de bulbo úmido acima de 35 ºC. Acima disso, o suor já não é mais capaz de resfriar o corpo.
“Pense em quando você sai de um banho quente. A água evapora do seu corpo e você se sente mais fresco. Mas se estiver quente ou úmido (ou ambos) no ambiente, será mais difícil sentir frio. Essa sensação está diretamente relacionada ao que a temperatura do bulbo úmido está medindo”, explicou a NASA, em uma publicação no site oficial.
Ondas de calor cada vez mais frequentes
As mudanças climáticas preocupam os cientistas cada vez mais. No Brasil, entre os anos de 2023 e 2024, já foram registradas 12 ondas de calor e um quinto do ano passado (65 dias) registrou temperaturas extremas, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Apesar dos resultados pessimistas, a NASA afirma que segue em estudo constante, com uso de satélites, para entender cada vez mais como e onde o calor extremo mais afeta.
Por meio desses dados, mais estudos e pesquisas podem ser realizadas sobre como reduzir os efeitos negativos das altas temperaturas.
O que acontece com o corpo no calor extremo?
Sem conseguir se resfriar, o primeiro resultado no corpo é a desidratação, e alguns órgãos vitais, como o coração, precisam trabalhar mais. Além disso, o sangue se concentra na pele para tentar liberar calor, podendo afetar todos os órgãos internos. Pessoas idosas e com comorbidades são as que mais correm perigo com esses cenários. Quem trabalha ao ar livre e/ou moram em regiões do planeta sem acesso a aparelhos como ar-condicionados também estão entre os mais vulneráveis
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