Salário de servidores da saúde ainda está incerto devido a impasse entre governos Lula e Zema
31 de jan.
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O governo de Minas Gerais divulgou nesta sexta-feira (31 de janeiro) um novo comunicado informando que "segue contestando" a falta de repasse de cerca de R$ 4,8 milhões por parte do Ministério da Saúde, valor que deveria ser destinado ao pagamento do piso salarial da enfermagem.
De acordo com a administração de Romeu Zema (Novo), essa discrepância pode levar a uma redução nos salários dos servidores da saúde, que poderiam receber apenas 86% do valor total.
"A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) segue contestando a ausência de repasse de aproximadamente R$ 4,8 milhões. O Estado já notificou o Ministério da Saúde e aguarda uma reunião em Brasília para resolver a divergência no cálculo e repasse da verba", informou o governo mineiro em nota.
Anteriormente, em 28 de janeiro, o governo estadual havia alertado sobre o problema, mas o Ministério da Saúde respondeu garantindo que todos os repasses estavam em dia e refutou a cobrança do governo de Minas Gerais. O Ministério informou que o último repasse, referente a dezembro de 2024, foi de R$ 5.030.084,88, e que ajustes de contas anteriores resultaram em descontos devido aos municípios.
Em resposta, o governo mineiro afirmou que só obteve acesso aos valores descontados em dezembro e, após análise, constatou que o valor retido foi superior ao devido, gerando uma diferença de R$ 4,8 milhões.
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde para obter um posicionamento atualizado, mas a assessoria do órgão reafirmou a resposta anterior, reiterando que não reconhece a dívida.
Caso a situação não seja resolvida, o governo de Minas alerta que os servidores que recebem o complemento da SES-MG, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), da Fundação Ezequiel Dias (Funed), da Fundação Hemominas, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) poderão ter seus salários reduzidos para 86% do valor devido.
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