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Secretário de Saúde de Goiânia é preso por associação criminosa

O secretário de Saúde de Goiânia (GO) foi preso por uma associação criminosa dentro da pasta, na manhã de quarta-feira (27). Wilson Modesto Pollara foi detido em uma operação do Ministério Público de Goiás que investiga crimes de pagamento irregular em contrato administrativo e de associação criminosa na Secretaria Municipal de Saúde da cidade. O secretário executivo de Saúde e o diretor financeiro da pasta também foram detidos durante a Operação Comorbidade. Os agentes cumprem três mandados de prisão temporária e oito de busca e apreensão. Participam da ação 11 promotores de Justiça, servidores do MPGO, 28 policiais militares e um delegado de polícia. As ordens judiciais foram cumpridas no prédio da Secretaria de Saúde de Goiânia, nas casas dos alvos de prisão e de um empresário que presta serviços à pasta. Foram encontrados mais de R$ 20 mil em dinheiro em posse de um dos investigados. A Justiça também determinou o afastamento cautelar e, em seguida, a suspensão do exercício das funções dos três agentes públicos suspeitos. A investigação aponta que os alvos se associavam para a prática reiterada de crimes com a concessão de vantagens em contratos, causando prejuízo para a administração pública. O MPGO ainda constatou pagamentos irregulares, inclusive deixando de mencionar a ordem cronológica de exigibilidade. Os mandados foram expedidos 1º Juízo de Garantias da Capital. A operação foi liderada pelo Grupo de Atuação Especializada no Patrimônio Público (GAEPP). A Prefeitura de Goiânia informou à CNN que colabora com as investigações e afirma que tomará as medidas cabíveis, conforme o desdobramento das apurações. Leia abaixo a nota na íntegra:
“A Prefeitura de Goiânia informa que está colaborando plenamente com as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) no âmbito da Operação Comorbidade. A gestão municipal reitera seu compromisso com a transparência e com a lisura na administração pública, colocando-se à disposição para fornecer todas as informações e documentos necessários ao esclarecimento dos fatos. A Prefeitura reforça que tomará todas as medidas administrativas cabíveis, conforme o desdobramento das apurações”.
Entenda a investigação O MPGO apurou que os envolvidos deixaram de repassar verbas públicas, previstas em convênios, a entidades responsáveis pela gestão de unidades hospitalares e maternidades da capital goiana. Principalmente, à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), deixando o órgão com dívidas de R$ 121,8 milhões com fornecedores, então, sem condições de funcionamento regular. O ministério afirma que essa situação resulta em uma “violação massiva” de direitos fundamentais, especialmente dos direitos à vida e à saúde da população que depende do Sistema Único de Saúde. O Grupo de Atuação Especial do Patrimônio Público (GAEPP), que liderou as investigações, foi criado em agosto de 2023 pelo Ministério Público de Goiás e representa um reforço significativo no combate às irregularidades na administração pública goiana.
Fonte: CNN.

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