Sem gotinha: entenda como fica novo esquema vacinal contra a pólio
Em 2025, o Brasil adotou um novo esquema vacinal para prevenir a poliomielite (paralisia infantil), com a substituição das populares gotinhas pela vacina injetável. A mudança foi anunciada pelo Ministério da Saúde e entrou em vigor em 2025, após a aposentadoria oficial da vacina oral em novembro de 2024.
O novo esquema prevê a aplicação da vacina injetável contra a pólio em crianças de 2, 4 e 6 meses, além de uma dose de reforço aos 15 meses de vida.
A mudança foi implementada com base em evidências científicas e recomendações internacionais.
A vacina oral poliomielite (VOP), que contém o vírus enfraquecido, pode, em contextos sanitários precários, gerar casos de pólio derivados da própria vacina. Por isso, a vacina injetável foi escolhida para garantir maior segurança e eficácia.
Em 2023, o Ministério da Saúde já havia anunciado a substituição da vacina oral pelo reforço injetável de poliomielite (VIP) aos 15 meses, e o esquema de vacinação foi ajustado para a aplicação de apenas quatro doses (2, 4, 6 meses e 15 meses), sem a necessidade da segunda dose de reforço aos 4 anos, como era feito anteriormente
. Essa atualização também reflete a queda nas coberturas vacinais nos últimos anos. Em 2022, por exemplo, a cobertura vacinal contra a poliomielite foi de 77,19%, abaixo da meta de 95%.
A vacina injetável faz parte do calendário nacional de vacinação, que abrange 19 vacinas para proteger a população de doenças graves como sarampo, rubéola, tétano, coqueluche e muitas outras. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) coordena as campanhas anuais para garantir altas coberturas vacinais e proteger tanto a saúde individual quanto coletiva.
Esse novo esquema vacinal visa continuar a erradicação da poliomielite no Brasil, que não registra casos da doença desde 1989, mas ainda enfrenta desafios em relação à adesão da população às campanhas de vacinação.
Comments