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Sequestro de ônibus: entenda o papel do Bope, batalhão responsável pela negociação para a liberação do refém na Grande BH.

Reprodução
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O sequestro de um ônibus da linha 2290 (Nacional/BH) no bairro Nacional, em Contagem, mobilizou equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na terça-feira (28 de janeiro). Após três horas de negociações, os policiais conseguiram imobilizar o sequestrador, que foi neutralizado com o uso de uma arma de choque.

O incidente destacou a atuação do Bope em situações de risco elevado.

Durante o sequestro, o ônibus estava com 12 passageiros a bordo. O sequestrador fez com que todos os ocupantes descessem, exceto um passageiro de 58 anos, que foi forçado a dirigir o veículo, resultando em colisões com outros carros. Este passageiro foi feito refém, mas foi liberado após a intervenção do Bope.

O sequestrador exigia ver seu filho, de um ano e nove meses, e obrigou o refém a levar o ônibus até o local de trabalho de sua ex-mulher.

A Atuação do Bope

O Bope é uma unidade de elite da Polícia Militar de Minas Gerais, especializada em situações de alta complexidade, como sequestros e negociações com reféns. Para ingressar no batalhão, os policiais precisam passar por um rigoroso treinamento, o Curso de Operações Especiais (Coesp), que dura cerca de quatro meses.

De acordo com a major Layla Brunnela, porta-voz da PMMG, os policiais que completam o curso podem se especializar em áreas como atirador de precisão (sniper), negociador ou integrante do grupamento tático.

A negociação é uma das principais estratégias do Bope em situações de sequestro. Segundo o coronel reformado Lucas, especialista em resgates de reféns, o primeiro contato com o sequestrador é crucial para entender suas demandas e estabilizar a situação.

"O negociador é altamente capacitado, com treinamento tanto no Brasil quanto no exterior. O objetivo é tranquilizar tanto o sequestrador quanto o refém, buscando sempre uma solução pacífica", explica.

Em cenários mais críticos, quando a negociação não é eficaz, o Bope pode recorrer a outras táticas, como o uso de força controlada ou a intervenção de snipers. No entanto, o coronel Lucas ressalta que a prioridade sempre será a preservação de vidas, inclusive a do infrator. "Se adotarmos a mentalidade de que 'bandido bom é bandido morto', podemos tomar decisões precipitadas que colocam mais vidas em risco", alerta.

Profissionais Preparados para Situações Extremas

Os integrantes do Bope recebem treinamento contínuo para atuar sob pressão. Além do Coesp, participam de cursos específicos para diferentes cenários operacionais. O batalhão também oferece suporte psicológico para ajudar os policiais a lidarem com o estresse das situações enfrentadas.

No caso do sequestro em Contagem, a negociação foi fundamental para garantir um desfecho sem vítimas. A atuação do Bope demonstrou a importância de uma polícia especializada, preparada para lidar com crises sem recorrer à força letal. "Cada ocorrência tem suas particularidades, e o policial deve agir com profissionalismo para alcançar o melhor resultado possível", conclui o coronel Lucas.


Fonte:O tempo

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Gazeta de Varginha

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