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Setor agropecuário mantém liderança nas exportações de Minas com US$ 2,6 milhões

  • gazetadevarginhasi
  • 21 de mar.
  • 3 min de leitura
Reprodução
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O agronegócio segue como protagonista nas exportações de Minas Gerais, mantendo-se à frente da mineração, conforme os dados divulgados em março. No primeiro bimestre de 2025, o setor foi responsável por 43% das vendas externas do estado, registrando o melhor desempenho da série histórica. A receita atingiu US$ 2,6 bilhões, com um volume exportado de 1,4 milhão de toneladas.

Apesar de um crescimento expressivo de 18% na receita em relação ao mesmo período de 2024, o volume exportado apresentou retração de 24%. Ainda assim, Minas superou o Paraná e se destacou como o único entre os principais estados exportadores a registrar aumento na receita, impulsionado pela valorização das commodities. No total, 150 países adquiriram produtos mineiros, com destaque para Estados Unidos (14%), China (13%), Alemanha (8%), Bélgica (6%) e Itália (6%).

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, destacou a importância do estado na pauta exportadora nacional. “O cenário nos próximos meses dependerá dos preços das commodities e da demanda global, especialmente da China e dos Estados Unidos. Mas o fato de novamente superarmos a mineração mostra que esse é um caminho de crescimento contínuo”, afirmou.

Café, carnes e produtos florestais puxam alta
O café manteve sua posição como principal produto exportado, com US$ 1,8 bilhão em receita e a venda de 5 milhões de sacas. O montante representa um crescimento de 56% no valor, apesar da leve queda de 6% no volume exportado. A commodity respondeu por 70% da receita total do agronegócio mineiro, reforçando o estado como o maior produtor e exportador de café do Brasil.

As exportações de carnes também avançaram, com um crescimento de 20% na receita, totalizando US$ 247 milhões, e um aumento de 13% no volume enviado. A carne bovina liderou as vendas, com US$ 171 milhões em faturamento e 36 mil toneladas embarcadas. Os principais destinos foram China, EUA, Chile, Argélia e Rússia, que, juntos, representaram 83% das compras.

A demanda asiática impulsionou as exportações de carne de frango, que atingiram US$ 61 milhões em receita e 32 mil toneladas embarcadas. Já a carne suína manteve participação relevante, com vendas de US$ 11 milhões e 6 mil toneladas exportadas.

O setor de produtos florestais, que inclui celulose, madeira e borracha natural, teve um crescimento de 17% na receita, somando US$ 197 milhões. O volume exportado cresceu 18%, alcançando 330 mil toneladas. Os segmentos de celulose e papel se destacaram, registrando altas de 18% e 80%, respectivamente.

Clima afeta exportações de açúcar e soja
Por outro lado, algumas cadeias produtivas enfrentaram quedas expressivas. O setor sucroalcooleiro, que engloba açúcares e álcool, viu sua receita cair 54%, para US$ 176 milhões, enquanto o volume exportado recuou 50%, totalizando 379 mil toneladas. O desempenho foi impactado pela menor disponibilidade de cana-de-açúcar para moagem, devido à entressafra prolongada e ao desvio da matéria-prima para a produção de etanol, diante da alta dos combustíveis.

O complexo soja – composto por grãos, farelo e óleo de soja – também sofreu queda significativa. A receita de US$ 84 milhões e o volume de 199 mil toneladas representaram uma retração de 55% e 48%, respectivamente. O recuo foi atribuído a adversidades climáticas, como a estiagem prolongada em importantes regiões produtoras de Minas, que comprometeu a produtividade.

Apesar das oscilações em algumas cadeias produtivas, os resultados do primeiro bimestre reforçam o protagonismo do agronegócio mineiro no cenário nacional e internacional, com perspectivas positivas para os próximos meses.

Fonte:O tempo

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Gazeta de Varginha

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