Setor público registra superávit de R$ 36,9 bilhões em outubro, segundo Banco Central

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O setor público consolidado, que engloba União, Estados, municípios e estatais, apresentou um superávit primário de R$ 36,9 bilhões em outubro de 2024, mais que o dobro do registrado no mesmo mês de 2023, quando o valor foi de R$ 14,8 bilhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Banco Central no relatório “Estatísticas Fiscais.”

Apesar do resultado positivo no mês, o acumulado em 12 meses registra um déficit de R$ 223,5 bilhões, correspondente a 1,95% do PIB.

Entre os principais números, destacam-se:

• O governo central teve superávit de R$ 39,1 bilhões;

• Governos regionais registraram déficit de R$ 1,9 bilhão;

• Empresas estatais apresentaram déficit de R$ 360 milhões.

Dívida pública aumentaA Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que inclui o Governo Federal, INSS, e governos estaduais e municipais, chegou a R$ 9 trilhões, ou 78,6% do PIB. Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) alcançou R$ 7,1 trilhões, representando 62,1% do PIB.

O Banco Central atribuiu o aumento ao impacto da desvalorização cambial, ao superávit primário e à variação do PIB nominal.

Juros elevados impactam contas públicasOs juros nominais somaram R$ 111,6 bilhões em outubro, influenciados pela perda de R$ 30,3 bilhões em operações de swap cambial, em contraste com o ganho de R$ 1,8 bilhão no mesmo mês de 2023. No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 1,092 trilhão, ou 9,52% do PIB.

Apesar do superávit mensal, os números refletem os desafios fiscais enfrentados pelo Brasil, com alto endividamento e pressão para controlar os gastos públicos.