O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Câmara dos Deputados forneça explicações detalhadas até as 20h desta sexta-feira (27) sobre a aprovação das novas destinações de emendas de comissão, que somam R$ 4,2 bilhões e foram suspensas por decisão do próprio ministro.
A suspensão ocorreu após o envio de um ofício, assinado por 17 líderes partidários, ao governo federal, alterando a destinação das verbas sem que as comissões deliberassem sobre elas. Para o ministro, essa prática viola princípios constitucionais de transparência e rastreabilidade.
Entenda o casoA polêmica teve início quando organizações da sociedade civil e partidos como PSOL e NOVO questionaram, no STF, a legitimidade do ofício encaminhado pela Câmara. As verbas em questão seriam destinadas a novas finalidades, mas sem aprovação formal nas comissões, como exige a Constituição.
Flávio Dino suspendeu os repasses e determinou que a Câmara esclareça pontos cruciais sobre o processo de aprovação. Na decisão desta sexta-feira, o ministro reiterou que as justificativas apresentadas até agora não resolvem a falta de transparência e criticou a insistência em interpretações que considera incompatíveis com os princípios constitucionais.
Os principais questionamentos do STFNa decisão, o ministro listou quatro perguntas que a Câmara deve responder, além de solicitar atas comprobatórias de aprovação das emendas, caso existam. Os principais pontos incluem:
Quem aprovou as especificações ou indicações das emendas?
As novas destinações foram debatidas e votadas nas comissões?
Qual instância formulou as indicações apresentadas como "nova indicação"?
Há especificações que não foram aprovadas pelos colegiados competentes?
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