
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para referendar o plano de trabalho elaborado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pelo Congresso Nacional, que estabelece diretrizes para aumentar a transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares. O julgamento ocorre no plenário virtual desde a madrugada desta sexta-feira (28) e deve ser concluído até 5 de março.
Os ministros analisam se confirmam a decisão do ministro Flávio Dino, que homologou o plano na última quarta-feira (26) e liberou o pagamento das emendas que estavam suspensas. A homologação entrou em vigor imediatamente, mas ainda aguardava a confirmação do colegiado.
Até as 11h desta sexta-feira, seis dos 11 ministros já haviam votado a favor da medida: Luís Roberto Barroso (presidente do STF), Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Edson Fachin. Ainda devem se manifestar Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux e André Mendonça.
Regras para liberação das emendas
Com o plano aprovado, o empenho dos recursos do Orçamento de 2025 está autorizado, desde que sejam seguidas as normas constitucionais de transparência, incluindo a identificação do parlamentar responsável e do projeto beneficiado. No entanto, eventuais bloqueios ainda podem ocorrer nas seguintes situações:
Identificação de impedimentos técnicos, analisados caso a caso;
Recursos destinados a entidades sob auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU);
Transferências para a área da Saúde sem regularização adequada em contas específicas;
“Emendas PIX” sem apresentação e aprovação de um plano de trabalho;
Emendas de comissão ou de bancada sem aprovação formal e registro em ata pública com a identificação do solicitante e da destinação dos recursos;
Determinação judicial ou intervenção de órgãos de controle interno e externo.
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