Sul de Minas lidera exportação de café em 2024 com Varginha, Guaxupé e Alfenas no topo
gazetadevarginhasi
15 de jan.
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Minas Gerais reafirmou sua posição como principal exportador de café do Brasil em 2024, com uma receita total de US$ 7,8 bilhões. Entre os destaques estão três cidades do Sul de Minas: Varginha, Guaxupé e Alfenas, que lideraram o ranking estadual de exportações do grão.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Varginha exportou US$ 1,92 bilhão, seguida por Guaxupé (US$ 1,5 bilhão) e Alfenas (US$ 632 milhões). As cidades de Patrocínio, Manhumirim, Espera Feliz, Manhuaçu e Matipó também se destacaram no ranking, somando valores significativos.
A força do Sul de Minas no mercado cafeeiro é reflexo de fatores como estoques globais baixos, alta do dólar frente ao real e a frustração de safra em grandes produtores como Vietnã. Segundo o professor João Marcos Caixeta Franco, da Unifal-MG, essa conjuntura favoreceu a consolidação da liderança de Minas Gerais na exportação de café.
Expansão no Porto Seco e impacto econômico
Somente Varginha exportou mais de 7,7 milhões de sacas de café, sendo que 30% desse volume passou pelo Porto Seco da cidade, que atualmente está em ampliação. A obra, avaliada em R$ 80 milhões, permitirá o embarque de até 40 mil sacas por dia. "Essa expansão gera empregos, atrai novos investimentos e aumenta a arrecadação de impostos", destacou o diretor do Porto Seco, Breno Nogueira Paiva.
Mercado aquecido e preços recordes
O ano de 2024 foi excepcional para o produtor de café. O preço da saca começou o ano em R$ 1.200 e chegou a até R$ 2,4 mil, marcando um recorde na Bolsa de Nova Iorque. Segundo o corretor Adeilson Costa, o papel das corretoras foi fundamental para intermediar as negociações e garantir os melhores preços para os produtores.
Elenir Alvarenga Garcia, produtora rural, também comemorou os resultados positivos. "Fomos vendendo gradualmente e ainda temos café para aproveitar, caso o preço suba mais", afirmou. Contudo, ela destacou a importância de planejar as finanças para enfrentar possíveis oscilações do mercado nas próximas safras.
Com um cenário global favorável e o protagonismo do Sul de Minas, a expectativa é de que o mercado cafeeiro continue aquecido, consolidando a região como referência mundial na produção e exportação de café.
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