Sul de Minas tem mortes de macacos por febre amarela; baixa vacinação preocupa
29 de jan.
Reprodução
A Secretaria de Saúde de Minas Gerais monitora a morte de macacos no Sul de Minas após a confirmação de dois casos de febre amarela na região. A cobertura vacinal está abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde, aumentando o risco de transmissão da doença.
Segundo levantamento da EPTV, desde julho de 2024, 29 macacos foram encontrados mortos na área da Regional de Saúde de Pouso Alegre. Destes, dois tiveram diagnóstico confirmado para febre amarela, 18 permanecem com causa indeterminada e nove foram descartados para a doença. As mortes ocorreram em 15 cidades, sendo que os casos confirmados foram registrados em Ipuiúna.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) reforça que a vacinação é a principal forma de prevenção. No entanto, a cobertura na região está abaixo dos 95% recomendados. Em Pouso Alegre, 86% das crianças estão vacinadas; em Varginha, 85%; em Poços de Caldas, 79%; e em Passos, apenas 76%.
Para Jakelline Resena Souza Silva, enfermeira de imunização, a morte de macacos serve como alerta para a necessidade de intensificar a vacinação. “O macaco não transmite a doença, ele apenas indica que o vírus está circulando. A transmissão ocorre pela picada do mosquito. Com a morte de macacos, reforçamos as ações de imunização”, explica.
A febre amarela é uma doença viral transmitida pela picada de mosquitos infectados. Ela ocorre em dois ciclos: silvestre (em áreas rurais ou de mata) e urbano. Em regiões de floresta, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes, enquanto em áreas urbanas o vírus pode ser transmitido pelo Aedes aegypti.
A maior incidência ocorre entre dezembro e maio, período mais chuvoso. O primeiro caso confirmado em humanos neste ano em Minas Gerais foi registrado em Camanducaia, onde um homem de 65 anos, morador da zona rural, contraiu a doença. Ele foi internado em São Paulo e se recupera bem.
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