Suplementação Proteica: Estratégia Essencial para Manutenção do Gado na Seca
Elisa Ribeiro
21 de jun. de 2024
2 min de leitura
Divulgação
A chegada do período de seca aumenta os desafios para manter o manejo nutricional do gado. Nesta época, os animais diminuem o consumo de forragens, que além de mais escassas, apresentam queda na qualidade, com menores teores de proteínas e minerais.
As pesquisadoras da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Karina Toledo e Fernanda Gomes, orientam os produtores a investir na suplementação proteica para complementar a dieta do rebanho e enfrentar de forma mais eficaz esse período crítico.
A recomendação é não dispensar a pastagem, mas combiná-la com suplementos, visando à oferta adequada dos nutrientes. “A suplementação no período seco visa otimizar o uso da forragem, disponibilizando um aporte de nitrogênio ao sistema que estimulará o consumo e reduzirá as perdas, podendo até resultar em pequenos aumentos de produção”, destaca Karina Toledo.
“Uma forma adequada de complementar a deficiência de proteína e energia das pastagens durante a seca é a suplementação com alimentos concentrados ou volumosos de boa qualidade. No entanto, é importante ajustar os níveis de energia e proteína do suplemento em relação à forragem”, acrescenta Fernanda Gomes.
A condição básica para promover a suplementação é a adequada oferta de forragem, mesmo de baixa qualidade. “A suplementação com fontes proteicas corrige dietas desbalanceadas”, explica Karina Toledo. Entre as opções de suplementação proteica disponíveis no mercado, a ureia é a alternativa mais barata.
“Quando associada às misturas minerais e grãos, a ureia reduz a deficiência proteica de bovinos de corte durante a seca”, indica Karina Toledo. Associada ao sal, a ureia satisfaz as exigências nutricionais e otimiza a eficiência microbiana, consumo e utilização de forragens, sem a preocupação de controle de consumo.
O sal atua como limitador, pois o animal ingere o suplemento até atingir a quantidade de sódio necessária. Embora fornecido para animais em pastagens, o consumo é limitado e controlado pelo próprio animal, facilitando o manejo e racionalizando a utilização de mão-de-obra na distribuição dos produtos, que pode ser semanal ou quinzenal”, afirma a pesquisadora.
Concluindo, Karina Toledo reforça que a suplementação na seca pode acarretar impactos positivos no restante do ano, melhorando a relação custo/benefício. “Possivelmente, os resultados virão como ganho satisfatório no período das águas, resultando em maior ganho de peso e/ou maiores produções de leite”, finaliza.
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