Tio e companheiro são presos suspeitos de envolvimento na morte de sobrinho de 6 anos
Elisa Ribeiro
2 de fev. de 2024
2 min de leitura
Reprodução
A Polícia Civil prendeu na quinta-feira (1º) o tio do menino venezuelano Keiner Geremias Caraballo Marcano, de 6 anos, encontrado morto na quarta-feira (31) em Parelheiros, Zona Sul de São Paulo. Além do tio, o companheiro dele também foi preso.
Keiner estava desaparecido desde sábado (27) após sair de casa para jogar futebol em um campinho. Durante as buscas, a polícia pediu apoio do Canil da Guarda Civil Metropolitana, e os cães localizaram odores cadavéricos. O corpo do menino foi encontrado no bairro, queimado e com cortes.
De acordo com Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o caso começou a ser investigado logo após o encontro do corpo.
Após a polícia ouvir familiares, vizinhos e representantes da Guarda Civil que participaram da busca da criança, houve a representação pela prisão temporária de Isacc José Marciano Romero, tio de Keiner e quem tinha a guarda do menino, e o companheiro dele, Leonardo David Santos Silva.
Os dois estão sendo investigados por suspeita de envolvimento na morte da criança.
"A prisão foi decretada pelo Judiciário por volta das 4h da manhã, com prazo de 30 dias. As prisões foram devidamente cumpridas pela equipe responsável pelas investigações ainda na madrugada. As investigações continuarão visando apurar efetivamente autoria, modus operandi e a real motivação do crime. A causa mortis depende de exame necroscópico devido ao estado do corpo quando encontrado", informou a delegada.
Ainda conforme a polícia, Isaac e Leonardo passaram por audiência de custódia ainda na quinta-feira (1º).
Entenda o caso
Segundo a polícia, o tio da criança afirmou, em depoimento no dia 29 de janeiro, que Keiner Geremias Caraballo Marcano estava brincando com outras crianças em um campo de futebol perto de casa, por volta das 16h do dia 27, quando a avó foi procurá-lo e não o encontrou.
O mesmo tio contou que, no dia do desaparecimento, chegou por volta das 17h do trabalho e teria esperado até as 20h para supostamente aguardar a vítima, quando começou a alertar os vizinhos sobre o sumiço. Duas testemunhas foram encaminhadas ao DHPP para prestarem depoimentos. Moradores da região chegaram a entregar à polícia uma imagem de câmera de segurança e apontar que uma família da região foi vista colocando um saco preto em um carro.
No entanto, o tio contou aos policiais que o material era formado por instrumentos de pesca.
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