Trump e Macron apresentam planos diferentes para a reconstrução da Ucrânia

Os Estados Unidos e a França apresentaram propostas divergentes sobre a reconstrução da Ucrânia em uma reunião realizada na Casa Branca nesta segunda-feira (24). O encontro reuniu os líderes do G7 (EUA, França, Canadá, Itália, Japão, Reino Unido e Alemanha) para discutir os próximos passos da guerra e possíveis caminhos para um acordo de paz.

O presidente americano Donald Trump defendeu que os ucranianos assumam metade dos custos da reconstrução do país e propôs a criação de um fundo conjunto entre Ucrânia e EUA, no qual Kiev seria responsável por 50% dos investimentos, até atingir US$ 500 bilhões. Esse valor, segundo a Casa Branca, corresponde ao montante enviado pelos Estados Unidos à Ucrânia nos últimos três anos.

Por outro lado, o presidente francês Emmanuel Macron rejeitou essa abordagem e afirmou que a Rússia deve arcar com os custos da reconstrução, uma vez que foi a agressora no conflito.

“A Rússia é o agressor, então eles precisam se responsabilizar”, declarou Macron.

Durante a coletiva de imprensa, o francês também comentou que havia interrompido as comunicações com Vladimir Putin após os crimes de guerra cometidos em Bucha, mas sugeriu que a atual administração americana poderia reabrir o diálogo com Moscou para viabilizar um cessar-fogo.

TRUMP FALA EM “PAZ PRÓXIMA” E CITA MILITARES EUROPEUS

Trump declarou que o fim da guerra na Ucrânia está próximo e que já discutiu com Putin a possibilidade de presença de militares europeus no território ucraniano como forças de manutenção da paz, semelhantes aos capacetes azuis da ONU.

“Sim, ele aceitaria. Eu perguntei isso. Ele não busca uma guerra mundial”, afirmou Trump.

O presidente americano ainda mencionou a possibilidade de visitar Moscou caso um acordo seja fechado, destacando que Putin também poderia visitar Washington.

Após a reunião, Macron e a delegação francesa deixaram a Casa Branca, encerrando um dia de intensos debates sobre o futuro da Ucrânia.