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Trump pode mesmo ajudar Bolsonaro a revitalizar seu grupo político?

  • gazetadevarginhasi
  • 20 de jan.
  • 3 min de leitura
Reprodução
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se expressou com empolgação ao ser convidado para a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista ao The New York Times, Bolsonaro afirmou: "Estou me sentindo uma criança novamente com o convite de Trump. Estou animado. Não tomo mais nem Viagra". No entanto, Bolsonaro não comparecerá ao evento, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) reteve seu passaporte devido a investigações criminais e o risco de fuga.


Enquanto Bolsonaro ficará fora da cerimônia, uma comitiva bolsonarista, incluindo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e cerca de 30 políticos aliados, está em Washington para prestigiar a posse de Trump. Para muitos no bolsonarismo, a vitória de Trump é vista como uma oportunidade de revitalizar o movimento, especialmente após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022 e seus desafios legais e políticos. A eleição de Trump tem gerado expectativas de apoio a Bolsonaro e a possibilidade de pressões contra o STF, com a esperança de uma possível revisão de sua inelegibilidade.


Desde a derrota de Bolsonaro em 2022, ele tem enfrentado uma série de obstáculos, incluindo a inelegibilidade determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e investigações sobre seus atos durante e após o processo eleitoral. Apesar disso, muitos bolsonaristas acreditam que a posse de Trump representa uma chance de mudança e um novo alicerce para o bolsonarismo no Brasil.
Em 2024, com a vitória de Trump, a ideia de um possível retorno de Bolsonaro à política ganhou força entre seus aliados.

O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, afirmou que a eleição de Trump fortalece a percepção de que Bolsonaro também pode voltar ao poder, destacando o impacto positivo da eleição de Trump sobre o imaginário político brasileiro. Outros membros do bolsonarismo, como o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), acreditam que a posse de Trump é crucial para o movimento conservador brasileiro e para a relação com os Estados Unidos, que pode gerar reflexos na economia do Brasil.

Especialistas apontam que a posse de Trump ocorre em um momento de declínio para o bolsonarismo, mas que muitos políticos estão indo à cerimônia em busca de novos aliados e uma retomada do protagonismo político. A vitória de Trump é vista como uma "chama de esperança" para um bolsonarismo que perdeu relevância após a derrota nas urnas e os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram os prédios dos Três Poderes.


A relação entre Bolsonaro e Trump é baseada em afinidades ideológicas e alianças pessoais, e a vitória de Trump pode resultar em um realinhamento das forças políticas, tanto no Brasil quanto nas relações bilaterais. Há também a expectativa de que Trump, com o apoio de figuras como Elon Musk, exerça pressão sobre o STF e influencie a política brasileira em favor da direita, especialmente em temas como a regulação das redes sociais. No entanto, alguns especialistas, como Guilherme Casarões e Marco Antônio Teixeira, alertam que, apesar das expectativas, é improvável que a vitória de Trump resulte em uma reversão da inelegibilidade de Bolsonaro.


Bolsonaro e Trump compartilham inimigos comuns, como o ministro Alexandre de Moraes e o STF, com críticas semelhantes sobre o poder excessivo do Judiciário e a limitação da liberdade de expressão. A relação entre os dois líderes conservadores é vista como uma aliança estratégica, e tanto Bolsonaro quanto Trump defendem políticas nacionalistas e contra a esquerda, além de se oporem a restrições ambientais e defendem a flexibilização de medidas contra a pandemia de Covid-19.


Com a derrota nas urnas, tanto Trump quanto Bolsonaro relutaram em aceitar os
resultados eleitorais e questionaram a integridade dos processos. Ambos os ex-presidentes enfrentaram episódios semelhantes de ataques às instituições democráticas, com a invasão do Capitólio nos Estados Unidos em 2021 e a invasão dos Três Poderes em Brasília em 2023.
Embora Bolsonaro não tenha comparecido à posse, sua aliança com Trump permanece forte, e a proximidade entre os dois continua a influenciar a política brasileira, com a esperança de que o apoio de Trump ajude a garantir o retorno de Bolsonaro ou de seus aliados ao poder em 2026.

Fonte:BCC.

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