Trump será convidado para COP30, embora fora do Acordo de Paris
gazetadevarginhasi
8 de fev.
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Apesar de ter anunciado a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, o ex-presidente Donald Trump será formalmente convidado para a COP30, que ocorrerá em novembro de 2025 em Belém, no Brasil. Os Estados Unidos, sendo signatários da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, permanecem como membros dessa convenção e, por tradição, todos os países que fazem parte dela são convidados para a cúpula climática. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, explicou que a tradição de convidar todas as nações signatárias se mantém, independentemente das posturas políticas de seus líderes em relação a acordos climáticos.
Embora a expectativa seja de que Trump, devido às suas posições políticas, não compareça ao evento, o convite formal é uma prática habitual. Especialistas e diplomatas avaliam que, considerando o atual cenário geopolítico entre os Estados Unidos e a China, é mais provável que o presidente chinês, Xi Jinping, marque presença na conferência. Vale lembrar que nas duas últimas edições da COP, nem o presidente Joe Biden nem Xi Jinping estiveram presentes, o que gerou especulações sobre o impacto de sua ausência.
Trump é conhecido por suas críticas às políticas de proteção ambiental e por adotar um plano de crescimento econômico baseado na exploração de recursos naturais, como petróleo. Durante sua presidência, ele priorizou a expansão da indústria de petróleo e gás, como uma maneira de fortalecer a economia americana e reduzir o índice de inflação. Sua postura contrária a acordos como o Acordo de Paris e sua defesa da exploração de campos de petróleo contrastam com as políticas climáticas adotadas por outros países, especialmente os da União Europeia.
No cenário atual, o ano de 2024 já se consolidou como o mais quente já registrado, superando o recorde anterior de 2023, o que preocupa especialistas em mudanças climáticas. A situação já levou organismos internacionais e cientistas a alertarem para os limites críticos do clima global, exigindo ações mais agressivas para mitigar os danos e garantir um futuro sustentável para o planeta.
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