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Uso de opioides cresce 8 vezes no Brasil em uma década e acende alerta médico

  • gazetadevarginhasi
  • 7 de abr.
  • 1 min de leitura
O Brasil enfrenta uma preocupante escalada no consumo de medicamentos controlados, especialmente os opioides, substâncias utilizadas como analgésicos e anestésicos, como morfina, codeína e metadona. Entre 2012 e 2023, o uso desses remédios aumentou oito vezes, e especialistas apontam que o público mais afetado são as mulheres.
De acordo com a médica Ingrid Costa, que trabalha em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos em Ibiúna (SP), o ciclo de vício começa muitas vezes com a busca por alívio da dor. O paciente recebe a prescrição, sente melhora por um tempo, mas volta a sofrer, levando à necessidade de doses cada vez maiores.
A pandemia também contribuiu para a piora desse cenário. Segundo Paula Oliveira Moreira, CEO da clínica, antes da crise sanitária, os principais casos tratavam do uso abusivo de álcool e drogas ilícitas. Após a pandemia, cresceu o vício em analgésicos potentes, calmantes e estimulantes – facilmente acessíveis nas farmácias, com ou até sem receita.
O médico Omar Gomez, especialista em dor, reconhece que os profissionais de saúde têm responsabilidade nesse quadro. “Antes de prescrever, é preciso avaliar o risco de dependência, especialmente em pacientes com histórico familiar de vício”, alerta.
O problema não se restringe aos opioides. Medicamentos como os benzodiazepínicos, utilizados para tratar ansiedade, também têm uso alarmante. Um dado que reforça essa preocupação: cerca de 18% das mulheres brasileiras já utilizaram medicamentos como o Rivotril.
Diante desse cenário, especialistas pedem mais fiscalização, educação sobre o uso de medicamentos e maior atenção dos profissionais de saúde à prescrição de substâncias com alto potencial de dependência.

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Gazeta de Varginha

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