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Carta de despedida de JK, de 1961, é encontrada no Museu Histórico de Poços de Caldas

  • gazetadevarginhasi
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Reprodução
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Uma estagiária do Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas (MG) fez uma descoberta inesperada durante o trabalho de catalogação do acervo: uma carta assinada pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek, datada de janeiro de 1961, ano em que deixou o governo do país.
“Foi uma carta que JK enviou para várias pessoas em janeiro de 1961. Encontrei um tesouro!”, contou Jussara Soares, aluna do curso de Museologia do Centro Universitário Leonardo da Vinci.
O documento contém trechos de um discurso de despedida presidencial, no qual JK agradece ao povo brasileiro, faz um balanço positivo de sua gestão e afirma ter cumprido os compromissos assumidos nos cinco anos em que esteve à frente da Presidência.
“Ao aproximar-se o término do meu mandato, venho manifestar-lhe, de modo especial, o meu reconhecimento pelo seu patriótico apoio à luta que travei para conduzir a pleno êxito a causa do desenvolvimento nacional”, escreveu o presidente.
A autenticidade da carta foi confirmada pelo selo em alto-relevo e pela assinatura. O destinatário, no entanto, não pôde ser identificado, já que o envelope não foi localizado junto ao documento.
Natural de Minas Gerais, JK foi frequentador assíduo dos cassinos de Poços de Caldas nas décadas de 1930 e 1940. Para a coordenadora do Museu, Lavínia du Valle, a carta é um registro importante da história política nacional. “Documentos como este são fontes para compreendermos melhor os momentos de transição política, as visões de país e os legados deixados por nossos governantes”, destacou.
Presidente entre 1956 e 1961, Kubitschek ficou marcado pelo slogan “50 anos em 5”, com foco em obras de infraestrutura, industrialização e pela construção de Brasília. Na carta recém-encontrada, JK reforça que continuaria engajado na vida pública:
“Sejam quais forem os rumos da minha vida pública, levarei comigo ao deixar o honroso posto que me confiou a vontade popular, o firme propósito de continuar servindo ao Brasil com a mesma fé, o mesmo entusiasmo e a mesma confiança nos seus altos destinos.”
Após deixar o governo, JK foi sucedido por Jânio Quadros. Com o golpe militar de 1964, teve os direitos políticos suspensos e se autoexilou entre Estados Unidos e Europa, regressando ao Brasil em 1967. Morreu em 1976, em um acidente de carro no Rio de Janeiro.
Agora, a carta integra oficialmente o acervo do Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas, onde está disponível para consulta pública como parte da preservação da memória nacional.

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Gazeta de Varginha

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