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Casal trans é resgatado de cárcere e tortura por trabalho escravo em MG

  • gazetadevarginhasi
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura
Casal trans é resgatado de cárcere e tortura por trabalho escravo em MG
Divulgação
Uruguaios são resgatados de trabalho análogo à escravidão em Planura, no Triângulo Mineiro.

Na segunda semana de abril, autoridades resgataram um homem e uma mulher trans, ambos uruguaios, submetidos a trabalho análogo ao de escravo em Planura (MG). A operação ocorreu após denúncia ao Disque 100 e envolveu o Ministério Público do Trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego e a Polícia Federal.

As vítimas eram mantidas sob violência, tortura e abuso sexual. O homem, homossexual, vivia há mais de oito anos nessa condição. A mulher trans aceitou oferta de emprego em julho de 2024, mas teve o salário reduzido por descontos indevidos. Ambos eram aliciados por meio de redes sociais, com promessas falsas em grupos LGBTQIAPN+.

O homem sofreu chantagens com vídeos de abusos e era chamado de “escravo da casa”. Trabalhou sem salário, descanso ou registro em carteira. A mulher, por sua vez, foi submetida a jornada exaustiva das 6h às 18h, vivendo sob vigilância e medo. Ainda que tenha conseguido alugar imóvel, o contrato estava em nome dos patrões, o que a manteve dependente deles.

Os três empregadores presos usavam redes sociais para explorar emocional e economicamente suas vítimas. Uma delas teve o corpo tatuado com as iniciais de dois dos autores, marcando-a como propriedade.

Durante a operação Novo Amanhã, deflagrada entre os dias 8 e 15 de abril, celulares, computadores e pen drives foram apreendidos para análise judicial. Marcas de agressões físicas foram constatadas nas vítimas e testemunhas confirmaram os maus-tratos. As vítimas agora recebem acolhimento em clínicas especializadas da região.

O MPT ajuizou ação civil pública pedindo indenização de R$ 300 mil ao trabalhador, anotação do contrato de trabalho de 2016 a 2025 e, solidariamente, indenização por danos morais e existenciais de R$ 1 milhão, além de R$ 2 milhões por danos morais coletivos. Os três autores permanecem presos, à disposição da Justiça.
Fonte: MPT

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Gazeta de Varginha

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