Casos de bronquiolite disparam em Poços de Caldas enquanto outras cidades do Sul de Minas registram queda
gazetadevarginhasi
há 4 horas
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Entre as principais cidades do Sul de Minas, Poços de Caldas apresenta o cenário mais preocupante em relação aos casos de bronquiolite em 2025. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o município registrou um aumento de 317% nas internações pela doença: foram seis casos no ano passado e, até o momento, 25 neste ano. Enquanto isso, outras grandes cidades da região, como Pouso Alegre, Passos e Varginha, mostraram redução nas internações. Os índices caíram 42,1%, 29,76% e 13,34%, respectivamente. Em todo o estado, já foram contabilizadas 2.262 internações por bronquiolite só neste ano — o que representa uma média de quase 15 hospitalizações por dia e um aumento de 3,9% em comparação ao ano anterior.
A bronquiolite é uma infecção respiratória que atinge principalmente os bronquíolos, afetando principalmente crianças menores de 2 anos. A médica pediatra Regina Cioffi alertou sobre os primeiros sinais da doença.
“Sintomas como falta de ar, respiração rápida, febre, tosse. A criança, às vezes, não consegue nem amamentar, tem congestão nasal, e nem consegue às vezes chorar. Aí estamos diante de um quadro de bronquiolite grave, que muitas vezes exige internação”, explicou.
Para o tratamento, a médica recomenda medidas de suporte, como desobstrução nasal, nebulizações, ambiente arejado e vacinação em dia. “É muito importante manter o calendário vacinal da criança totalmente atualizado”, reforçou. Embora a bronquiolite seja mais comum entre o público infantil, os idosos também estão suscetíveis. “Acima dos 60, 65 anos, pode haver comprometimento devido à queda da imunidade. Pessoas com doenças crônicas, como pulmonares ou cardíacas, têm maior risco de contrair o vírus”, alertou a especialista.
Ambientes fechados e sem ventilação facilitam a transmissão. Por isso, a médica orienta cuidados básicos para a prevenção. “Evitar aglomerações, manter a casa limpa e ventilada. A vacinação da gestante, a partir da 24ª semana, protege o bebê nos primeiros meses de vida. A lavagem frequente das mãos também é essencial, especialmente em bebês prematuros ou com comorbidades”, completou.