CNA vê acordo comercial entre EUA e China como ameaça ao agro brasileiro
gazetadevarginhasi
há 7 dias
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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia que um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China representa o “pior cenário” para o setor agropecuário brasileiro. Em entrevista à CNN, a diretora de relações internacionais da entidade, Sueme Mori, afirmou que esse tipo de acordo pode provocar um desvio de comércio, reduzindo a demanda chinesa por produtos brasileiros.
A CNA traçou três cenários possíveis: (1) manutenção ou aumento das tarifas EUA-China; (2) redução das tarifas para 10%; e (3) um novo acordo de compras entre os países, como ocorreu em 2018. O último é visto como o mais prejudicial ao Brasil, pois pode gerar obrigações de compra que reduzem o espaço dos produtos brasileiros no mercado chinês.
No primeiro governo Trump, um acordo similar obrigou a China a ampliar suas compras dos EUA para diminuir o déficit comercial. O Brasil teme que uma repetição do modelo limite sua competitividade no setor de alimentos, especialmente soja, carne e milho.
Sueme Mori destacou que a tarifa recíproca de 10% entre EUA e China já é vista como um “patamar mínimo”, e que o Brasil precisa acompanhar com atenção as decisões geopolíticas que afetam diretamente seu desempenho comercial.
Durante evento promovido pela CNA, o presidente da entidade, João Martins, declarou que, apesar dos riscos, o Brasil pode atravessar esse cenário com bons resultados, desde que haja planejamento e diplomacia comercial estratégica.
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