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Crise climática ameaça banana, a fruta mais consumida do mundo, aponta estudo

  • gazetadevarginhasi
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura
A banana, a fruta mais consumida no mundo e fonte essencial de alimentação para mais de 400 milhões de pessoas, está seriamente ameaçada pela crise climática, segundo um novo estudo divulgado pela organização internacional Christian Aid.
A pesquisa alerta que, até o ano de 2080, cerca de 60% das áreas adequadas para o cultivo de banana na América Latina e no Caribe — responsáveis por 80% da produção mundial — podem se tornar inviáveis para a plantação, devido ao aumento das temperaturas, mudanças no padrão de chuvas e à proliferação de doenças que afetam a planta.
A banana é a quarta maior fonte de alimento do mundo, atrás apenas do trigo, arroz e milho, e pode representar até 27% da ingestão calórica diária em algumas populações. A variedade mais cultivada e exportada é a Cavendish (banana nanica), apreciada por sua produtividade e resistência ao transporte. No entanto, essa variedade possui uma fragilidade crítica: todas as plantas são geneticamente idênticas, pois são reproduzidas por mudas clonadas.
Essa falta de diversidade genética significa que, se uma planta é vulnerável a uma doença, todas as outras também serão, tornando a monocultura Cavendish extremamente suscetível a surtos devastadores.
O estudo aponta duas doenças fúngicas graves que já estão impactando severamente as plantações:
  • Fusarium Tropical Raça 4 (TR4): fungo presente no solo, ataca as raízes e impede a absorção de água e nutrientes. Já devastou plantações na Ásia e América Latina.
  • Doença da folha preta: também causada por fungo, forma manchas escuras nas folhas, reduzindo a capacidade da planta de fazer fotossíntese. Em locais quentes e úmidos, pode diminuir a produção em até 80%.
A combinação entre a crise climática, a uniformidade genética da banana Cavendish e o avanço desses fungos representa um risco real à segurança alimentar global.
Cientistas têm buscado soluções como o desenvolvimento de novas variedades mais resistentes e o investimento em tecnologia agrícola sustentável, mas alertam que ações rápidas e globais são essenciais para evitar um cenário de escassez nos próximos 50 anos.

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Gazeta de Varginha

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