Defesa de Bolsonaro volta a pedir afastamento de Moraes e anulação de decisões
Advogados de Jair Bolsonaro (PL) apresentaram na segunda-feira (26) um recurso para tentar afastar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), da relatoria do inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, que tem o ex-presidente, ex-ministros e outros aliados como investigados.
A defesa de Bolsonaro alega que Moraes seria uma das vítimas do suposto plano criminoso e, por isso, não poderia estar à frente do caso. Ou seja, Moraes age como vítima e investigador ao mesmo tempo, segundo os advogados.
Na semana passada, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, rejeitou 192 pedidos de suspeição ou impedimento contra Moraes, feitos por réus dos atos de 8 de janeiro e por Bolsonaro. Para o presidente do STF, “não são suficientes as alegações genéricas e subjetivas, destituídas de embasamento jurídico” para retirar o ministro da relatoria.
Agora, os advogados de Bolsonaro pedem para Barroso reconsiderar a decisão recente ou levar o pedido de afastamento para julgamento no plenário do STF, onde votam os 11 integrantes da Corte. A defesa quer ainda a anulação de todas as decisões tomadas por Moraes no caso.
Advogados do ex-presidente também estão à frente de uma ação movida pelo PP para tentar tirar Moraes do caso das joias sauditas. O partido afirma que o inquérito não poderia ter sido aberto por iniciativa do ministro, sem antes ouvir a Procuradoria-Geral da República (PGR). Também alega que Moraes não é imparcial e que o caso deveria tramitar na primeira instância.
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