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Deputados de oposição pedem suspensão de decreto com restrições às armas assinado por Lula


Cristiane Nobertoda CNN


Ao menos 53 deputados federais da oposição protocolaram uma proposta para suspender o decreto 11.615/23, editado nesta última sexta-feira (21) pelo governo federal. A proposta faz uma ampla restrição na circulação e acesso a armas no país.
O pedido foi registrado no sistema eletrônico da Câmara neste sábado (22). Os parlamentares reclamam especificamente do dispositivo que repassa do Exército para a Polícia Federal (PF) a fiscalização do armamento e munição dos artefatos.

Integrantes da bancada da Segurança Pública, em conjunto da bancada Ruralista, argumentam que a decisão pode acarretar implicações operacionais e administrativas à PF porque, segundo eles, o órgão não possuiria estrutura para lidar com o registro e controle desse tipo de armamento.

“A manutenção do registro das armas de fogo de uso restrito no Comando do Exército é essencial para assegurar a segurança jurídica e o cumprimento adequado das normas estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento. Ao sustar o decreto presidencial em questão, estaremos preservando a integridade da legislação vigente e contribuindo para um sistema de registro de armas mais eficiente e seguro para toda a sociedade”, diz um trecho da representação protocolada.

O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) é o autor do pedido e aponta que o decreto possui pontos que “exorbitam o poder regulamentar, uma vez que viola o Estatuto do Desarmamento”.

As medidas representam uma reversão da política de ampliação do acesso a armas colocada em prática pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O texto corta o número de armas que poderão ser adquiridas por civis, incluindo os chamados CACs — Caçadores, Atiradores e Colecionadores –, revertendo a brecha usada por Bolsonaro para aumentar a permissão para posse de armas sem ter que reverter o projeto de lei que restringe o porte no país.

No caso do porte para defesa pessoal, o novo decreto reduz de quatro para duas as armas permitidas, e as munições, de 200 por arma, por ano, para 50. Também volta a ser exigida a comprovação de “efetiva necessidade”.


CNN

Gazeta de Varginha

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