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FIEMG defende negociação com EUA e alerta para impactos de tarifas sobre a indústria mineira

  • gazetadevarginhasi
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura
FIEMG defende negociação com EUA e alerta para impactos de tarifas sobre a indústria mineira
Divulgação-Foto: Sebastião Jacinto Júnior/FIEMG
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, defendeu nesta quinta-feira (10/7) uma solução diplomática para o impasse criado pela taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo Roscoe, a medida afeta diretamente setores estratégicos da indústria mineira, como a siderurgia e a metalurgia, e exige um esforço de diálogo entre os governos do Brasil e dos EUA.

Durante entrevista coletiva, Roscoe reforçou que a postura brasileira deve ser baseada na cooperação, evitando retaliações que possam prejudicar ainda mais a economia nacional. “A tarifa americana não gera impacto inflacionário no Brasil. Talvez até ocorra um impacto deflacionário porque alguns produtos serão ofertados pelo mercado interno. Mas o oposto, a reciprocidade da taxação, tem potencial para gerar impacto inflacionário na economia brasileira”, pontuou.

Entre os segmentos mais atingidos, o presidente da FIEMG destacou o setor siderúrgico, que já enfrenta um cenário delicado no mercado internacional, marcado pelo excesso de exportações da China. Ele também comentou sobre o setor cafeeiro, afirmando que, por suas características e competitividade, o café brasileiro deve encontrar maior facilidade para se reposicionar em outros mercados.

Roscoe enfatizou ainda a importância estratégica dos Estados Unidos como parceiro comercial do Brasil, especialmente para Minas Gerais, onde o país norte-americano é o principal destino dos produtos do setor de transformação. Ele alertou que a manutenção da tarifa de 50% poderá dificultar a inserção de itens de maior valor agregado em novos mercados, agravando a situação de diversas empresas.

“Vários outros produtos industrializados brasileiros já concorrem no mercado internacional, geralmente com a China ou com outros países”, observou Roscoe, ao analisar o contexto competitivo global.

Diante da crescente tensão geopolítica entre as grandes potências, Roscoe defendeu que o Brasil mantenha uma postura neutra e equilibrada nas relações comerciais internacionais. “Estados Unidos é um parceiro tradicional do Brasil. Do ponto de vista geográfico, faz todo o sentido que as nossas economias tenham um fluxo de comércio ativo e complementares e, no nosso entendimento, ambos os países perdem muito”, concluiu.
Fonte: Fiemg

Gazeta de Varginha

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