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Influenciador fitness Renato Cariani é alvo de operação contra tráfico de drogas

A Polícia Federal faz uma operação na terça-feira (12) contra o tráfico de drogas e desvio de toneladas de produto químico usado na produção de 12 e 16 toneladas de crack. O quilo da droga vale entre US$ 3 mil e US$ 5 mil (R$ 15 mil e R$ 25 mil). Agentes cumprem 18 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Paraná.
O principal alvo é a Anidrol, indústria química sediada em Diadema, na Grande São Paulo, que tem como um dos donos o influenciador fitness Renato Cariani. Ele, que tem mais de 7,2 milhões de seguidores apenas no Instagram, também é alvo de busca.
Nas redes sociais, Renato se apresenta como professor de qui´mica e educação física, além de fisiculturista, atleta profissional, empresa´rio e youtuber.
Além de dicas de exercícios físicos e dietas, ele exbie nas suas páginas fotos com celebridades e de viagens por alguns dos mais badalados destinos turísticos do mundo. Muitas delas ao lado da esposa, Tatiane Cariani, que é nutricionista e influenciadora fitness, com quase 1 milhão de seguidores no Instagram.
"Não permita que ninguém limite seu espaço, diminua seu valor, roube seus sonhos, atrapalhe seu sorriso, estreite seu caminho e nem te impeça de avançar. Só você sabe a jornada que cumpre e cumpriu pra chegar até aqui. Tenha um propósito de vida, cumpra a jornada e conquiste resultados, isso fará de você uma pessoa inabalável", escreveu Renato em um dos posts mais recentes.
Em agosto de 2022, Renato recebeu o então presidente Jair Bolsonaro (PL) no Ironberg Podcast, voltado a fisiculturistas.
O influencer agradeceu o então candidato à reeleição pelo ato que zerou o imposto de importação de suplementos alimentares.
A empresa e o influenciador não haviam se pronunciado até a mais recente atualização desta reportagem.
AstraZeneca, LBS e Cloroquímica foram vítimas do bando
A operação é fruto de investigação iniciada em 2022 após uma farmacêutica multinacional avisar a PF de que havia sido notificada pela Receita Federal sobre notas fiscais faturadas em nome dela, com pagamento em dinheiro e não declaradas.
A empresa alegou que nunca comprou o produto, que não tinha esses fornecedores e que desconhecia os depositantes.
Com essas informações, a PF identificou que entre 2014 e 2021 o grupo emitiu e faturou notas em nome de três grandes empresas de forma fraudulenta: AstraZeneca, LBS e Cloroquímica.
Um grupo criminoso usava as notas fiscais por empresas licenciadas e “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais para comprar produtos químicos, inclusive aqueles usados para fabricação de crack.
“Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação desta organização criminosa, totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde à mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo”, diz a PF em nota.
As pessoas investigadas responderão pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro.
Somadas, as penas podem ultrapassar 35 anos de prisão.
A corporação pediu a prisão dos suspeitos, o Ministério Público foi favorável, mas a Justiça só autorizou buscas e apreensões. Batizada de Hinsberg, a operação desta terça-feira é realizada em conjunto com Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP de São Paulo e a Receita Federal.
O nome da operação faz alusão a Oscar Hinsberg, químico que percebeu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina. Tal substância foi o principal insumo químico desviado.
Fonte: O Tempo

Gazeta de Varginha

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